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quarta-feira, 14 de julho de 2021

CPI DA COVID: Diretora da Precisa nega irregularidades e sugere acareação com denunciantes da Covaxin

 Quarta,14 de Julho de 2021

Foto: Reprodução/CNN Brasil

A sessão da CPI da Pandemia voltou nesta quarta-feira(14) a ouvir a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. Os trabalhos começaram pouco após às 10h10 e Medrades se comprometeu a falar.

Antes de Medrades começar a responder as perguntas dos senadores, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), destacou os limites de seu silêncio, imposto em decisão pelo ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Permaneço à disposição, colaborativa, faço questão de falar tudo e inclusive não existe irregularidade, ilegalidade. A gente teve recentemente o vídeo do dia 23, por favor me perguntem. Gostaria de ter oportunidade de falar sobre esse vídeo. Continuo à disposição”, disse Medrades.

Na sequência, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), iniciou seus questionamentos à depoente.

Medrades sugere acareação com denunciantes da Covaxin

A diretora da Precisa sugeriu uma acareação com os denunciantes das supostas irregularidades na compra da Covaxin após contradições na data da apresentação da invoice [nota fiscal de importação] dos imunizantes.

A fala de Medrades aconteceu após Renan mostrar um vídeo de Medrades na comissão da Covid-19 do Senado no dia 23 de março. Nas imagens, Medrades fala do envio da invoice “na última quinta-feira”, que daria justamente a data do dia 18 de março.

No entanto, os servidores da pasta Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda que, inicialmente, denunciou as supostas irregularidades ao presidente Jair Bolsonaro, e William Amorim, que depôs à CPI na última semana, afirmam que o documento foi enviado no dia 18 de março.

“Esse vídeo foi no dia 23 e eu já havia enviado as invoices, trocado e-mails e recebido as solicitações de ajustes do William, mas eu não fui detalhista nessa fala. Estava com aquilo fresco na minha cabeça e disse que encaminhamos. Eu não fui detalhista no vídeo, mas provei que essa invoice só foi enviada no dia 22 e eu desafio eles a provarem que receberam no dia 18”, disse Medrades.

Não tentamos apressar a importação da Covaxin, diz Medrades

Ao responder as perguntas do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Medrades afirmou que a Precisa Medicamentos não tentou apressar a importação de compra da vacina Covaxin. Segundo ela, a primeira invoice [nota de fiscal de importação] foi encaminha ao Ministério da Saúde no dia 22 de maio.

“Não. Os únicos órgãos que tratamos foram o Ministério [da Saúde] e a Anvisa. Na Anvisa, quem falava conosco era Daniela Marreco, Daniel Cruz, e as pessoas da diretoria. Tinhamos reuniões com a Anvisa que tinham mais de 50 pessoas”, disse a depoente.

Renan voltou a questionar Medrades sobre a relação com Roberto Dias, que chegou a ser preso pela CPI na última semana. Medrades respondeu que a empresa teve “uma agenda com ele em maio e o resto tratávamos tudo com os funcionários.”

Emanuela Medrades diz que se reuniu com Elcio Franco e Roberto Dias, mas Pazuello não participou de tratativas

Medrades afirmou ainda que se reuniiu com o então secretario Elcio Franco e com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, para tratativas sobre a compra da Covaxin.

Segundo ela, com Dias foi apenas uma reunião feita após a assinatura do contrato, ou seja, após o dia 25 de fevereiro.

“Ele [Elcio Franco] surge para a Precisa já a partir da terceira reunião. As anteriores foram com a SVS [Secretaria de Vigilância em Saúde]. A partir daí, não ele mas os colaboradores que atuavam junto com ele tratavam conosco”, disse.

De acordo com a depoente, cerca de 30 colaboradores da pasta estiveram envolvidos nas negociações por meio de troca de e-mails, conferências e reuniões. Segundo Medrades, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não atuou nas tratativas da Covaxin.

Não ofertamos a vacina Covaxin por US$ 10 para o Ministério da Saúde, diz diretora Precisa

Em uma reunião no dia 20 de novembro, o Ministério da Saúde afirmou que as vacinas Covaxin custariam US$ 10. O valor consta em um memorando que está sob posse da CPI. No entanto, segundo Medrades, isso não aconteceu.

Existia a expectativa de redução de preço, mas os novos valores não chegaram a ser formalizados durante as tratativas. “A Precisa não possui comando na precificação da Bharat”, disse Medrades – ela também esclareceu que negociava com as autoridades indianas da Bharat um valor menor por dose.

“Se esse preço foi falado foi como expectativa. Não houve em momento nenhum proposta com valor de dose por US$ 10”, disse. “Eu não sei porque falaram isso. Nunca foi ofertada nenhuma vacina a esse valor”, completou Medrades.

CNN Brasil

 

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Pois eh neh! Lá está os os nomes Coronel fulano… general fulano… e etc… a legislação deveria criar gatilhos pra que à medida que militares militares ocupassem cargos em pastas fora de suas competências ordinárias, seja por competência técnica ou por mera politicagem, os mesmos deveriam ser aposentados com seus salários equivalentes proporcionalmente ao tempo contribuído e que fossem impedidos de usar suas patentes para preservar as instituições. É lamentável assistir o que está acontecendo e o pior, muitos ainda acham que estão acima da constituição pq têm armas.

    1. E tem mesmo imbecil, a arma de vcs é a mentira, que muitas vezes faz estragos mais danosos que uma arma de metal.

    1. Zero pq descobriram a tempo e denunciaram, seu jegue…
      Do contrário seriam 1,6 Bilhões….

    2. BOLSONARISTA DIREITOPATA E “PORCARIA” em qual país chamado de Brasil, o Lula livre só em 2043 comanda?

      Até onde eu to sabendo o presidente do Brasil é o MITO O MESSIAS.

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