A
araucáriaé a espécie arbórea dominante da
floresta ombró fila mista, ocorrendo majoritariamente na
região Sul do Brasil, bem como no leste e sul do estado de São Paulo, extremo sul do estado de Minas Gerais, e em pequenos trechos da
Argentina e
Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre eles
pinheiro-brasileiro e
pinheiro-do-paraná; é também chamada pelo nome de origem indígena,
curi. A espécie foi inicialmente descrita como
Columbea angustifolia Bertol. 1819.
Sua origem remonta a mais de 200 milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro.
Conífera dióica,
perenifólia,
heliófita,
pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do
peito de 2,5 m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma
taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do
século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico,
dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território
está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a
União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária em
Perigo Crítico de Extinção.
A araucária, apesar de popular, não é conhecida completamente pela
ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos
melhor a
ecologia e
biologia
desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas
de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a
sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um
ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas
ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos.
Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação
e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não
conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive -
mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado
para que possa render bem, desanimam muitos
reflorestadores,
que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e
que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são
unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua
importância econômica e ecológica como paisagística e cultural.
Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do
Paraná, deu o nome a
Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de
Araucária,
Ponta Grossa,
Caçador,
Campos do Jordão,
São Carlos,
Apiaí,
Taboão da Serra e
Itapecerica da Serra.