A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (2) de julho, às 10h, uma audiência com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A convocação foi aprovada após requerimentos apresentados por alguns parlamentares, com destaque para o requerimento nº 53/2025, de autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da comissão.
O parlamentar solicitou o comparecimento da ministra para prestar esclarecimentos sobre uma série de ações e omissões da pasta que têm gerado preocupação no setor agropecuário. Entre os pontos listados por Rodolfo Nogueira está a participação da ministra no Acampamento Terra Livre, mobilização indígena que ocorreu em 10 de abril de 2025, em Brasília, marcada por tentativas de invasão ao Congresso Nacional. Para o deputado, é necessário esclarecer se Marina Silva, ao participar do evento, endossou ou fomentou manifestações que atacam a imagem do produtor rural brasileiro.
Além disso, a ministra deve ser questionada sobre o aumento expressivo das queimadas no país, que atingiram em 2024 o maior número de focos desde 2010 – um total de 278.229 ocorrências –, com impacto direto sobre o agronegócio. Outro tema sensível é o recorde de degradação da Amazônia Legal, que apresentou crescimento de 482% em 2025, conforme dados do Imazon.
A atuação do Ibama também estará na pauta da audiência. O órgão federal bateu recorde de arrecadação com multas ambientais, alcançando R$ 729 milhões em 2024, além de promover operações de grande repercussão, como a apreensão de aproximadamente 9 mil cabeças de gado. Na avaliação do deputado, essas ações têm sido marcadas por excessos, arbitrariedade e insegurança jurídica para o setor produtivo.
Outro ponto que será cobrado é a morosidade na liberação de defensivos agrícolas. Segundo o requerimento, mesmo com pareceres técnicos favoráveis de órgãos como Anvisa e Ministério da Agricultura, muitos produtos não têm sido aprovados por falta de avaliação ambiental do Ibama, prejudicando o acesso a novas tecnologias e ao manejo sustentável das lavouras.
A expectativa é de que a ministra Marina Silva esclareça, de forma técnica e transparente, os critérios que têm orientado a condução de sua pasta frente aos desafios ambientais e produtivos do país.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Opinião dos leitores
Gestores proxinetas. Faz vergonha.
Um bioquímico à frente de uma pasta que exige alguém que entenda de economia, mercado e empreendedorismo. É o jeito tupiniquim e chucro de fazer política e de gestão pública. Seguimos com IDH de terceiro mundo e piorando…
indicação da oligarquia alves, esse povo já viu que a população não querem mais eles, mais insistem