Quinta, 15 de Setembro de 2022
E isso está certo. Não tem nada de novo em apurar boletins de urna. Qualquer entidade fiscalizadora, e nisso se inclui as Forças Armadas, pode tirar uma foto do QR code e montar uma apuração distinta para comparar.
Entretanto, quando a Folha diz que Moraes teria cedido aos militares, coloca toda uma militância de esquerda no pé do Imperador da Pérsia, e isso soaria como uma derrota que o recém empossado presidente do TSE não gostaria de ver nos veículos de mídia.
O vazamento da informação a Folha, que publicou de modo contundente o possível acordo, pode ter dois motivos. Deixar claro que foi feita uma tratativa, que tem por objetivo central manter o teste de integridade atualizado, como possivelmente foi prometido por Moraes, e também avaliar se o Ministro estava disposto a ceder nesses temas, no tempo adequado das reivindicações.
Mas não se enganem.
É bem possível que haja militares nas seções, e que fotos do QR code podem ser mandadas para uma apuração distinta. Com a checagem dos partidos e outras entidades, tendo a expectativa dos mesmos números em uma apuração final.
Se sabe ainda, que existem tecnologias sendo estudadas, e muitas delas ainda estão sendo observadas como algo que pode ajudar na comissão de transparência, mas muita coisa fica ainda como informação velada, dito que ao conhecimento público, poderia trazer prejuízos a integridade e segurança tanto construídas.
O negocio então é manter a calma e observar as próximas semanas. Estamos chegando perto do dia D, e agora as narrativas tendem a aumentar. Muitas pesquisas estão mudando, e isso pode ser o sinal, que qualquer certeza dos oponentes, no sentido de garantir algum resultado certo, foi abalada profundamente.
O importante em todo esse movimento foi saber se Moraes vai dobrar a aposta ou não, para com isso, elaborar novas estratégias.
Nada vai ficar para a última hora.
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