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sábado, 17 de setembro de 2022

Inflação do Brasil é inferior à de países desenvolvidos, incluindo europeus

Sábado, 17 de Setembro de 2022

Foto: Monstera/Pexels

Após dois meses consecutivos de queda, a inflação do Brasil é agora inferior às de alguns países desenvolvidos, incluindo os membros da zona do euro e o Reino Unido. Além disso, se aproximou do índice dos Estados Unidos.

O movimento ocorre em meio à deflação no Brasil, enquanto a Europa continua enfrentando os preços em alta e os Estados Unidos começam a ver sinais de queda de inflação, mas ainda lenta, indicando que o pico de preços já foi superado.

Ao CNN Brasil Business, especialistas afirmam que essa diferença no comportamento da inflação nesses países se deve a uma série de fatores. Considerando o Brasil, citam a condução do ciclo de alta de juros pelo Banco Central, queda no preço do petróleo e cortes de impostos.

Diferenças em 2022

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI, vê uma melhora na situação inflacionária brasileira em relação aos Estados Unidos e à Europa. O continente, avalia, enfrenta atualmente um cenário oposto, de aceleração da inflação.

O quadro brasileiro seria inclusive mais positivo que o de outros vizinhos latino americanos, como a Argentina, o Chile e o México, que também veem suas inflações subirem.

Já na comparação com os Estados Unidos, “a melhora não é tão significativa. Lá, a inflação de núcleo e número cheio pelo IPC deram uma parada, o que dá melhora na margem”, explica.

O economista ainda vê um alívio da inflação brasileira concentrada em alguns grupos, como de bens duráveis e, especialmente, de combustíveis, barateados pelo novo teto de cobrança do ICMS e pela queda no preço do petróleo, permitindo reajustes pela Petrobras.

Kautz destaca que, desde julho, a inflação brasileira recuou cerca de dois pontos percentuais, enquanto a europeia avançou mais de quatro. Além da diferença nos números, há também dinâmicas inflacionárias diferentes.

“Pegando núcleo [que exclui itens como alimentos e energia], a comparação fica difícil. O nosso está em 10,4%, a deles está em 4,3%, mesmo acelerando está abaixo da nossa”, observa.

O dado, afirma o economista, mostra como a maior parte da inflação na Europa ainda está concentrada nos combustíveis e na energia, mais especificamente o gás natural, cujo preço disparou com a guerra na Ucrânia.

Diferente dos Estados Unidos, não ocorreram aumentos salariais significativos a ponto de aumentar a demanda e fazer os preços subirem. Esse quadro, porém, deve mudar quando forem negociados reajustes no fim do ano, o que indica que a inflação europeia ainda deve subir nos próximos meses.

Mesmo entre os países europeus, a dinâmica inflacionária tem sido diferente. A inflação do Reino Unido, por exemplo, é maior que a da zona do euro.

Kautz atribui o número a uma “matriz de consumo doméstico muito focada no gás, não russo, produzido internamente, mas negociado internacionalmente. Teve alta de preço forte, e subiu preço interno também”.

Ele avalia que, com a mudança de governo, pode ocorrer uma mudança no teto de reajuste de preço permitido, além de subsídios às famílias, o que abriria margem para uma queda rápida da inflação.

Esse quadro também simboliza o que Kautz afirma terem sido intervenções na Europa para aliviar os efeitos dos preços maiores de energia. No caso brasileiro, ele diz que a única intervenção feita foi na gasolina, e em quantidade menor que na Europa.

“Ter menos intervenções é bom, porque deixa a economia se ajustar, na medida que o preço sobe, consome menos. Importante que o sistema de preços esteja funcionando, ativo”, opina.

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama, avalia que o Brasil tem tido “várias semanas de queda expressiva da inflação”, o que ajuda a criar um ambiente inflacionário melhor, mesmo com uma concentração dessa redução nos preços de combustíveis.

Além dos elementos ligados aos preços do petróleo, o economista cita como diferencial a atuação do Banco Central, que iniciou o ciclo de alta de juros mais cedo que a maioria dos países.

“O Banco Central fez uma alta significativa de juros, e estamos colhendo uma parte da vitória agora”, diz.

Ele lembra que o quadro de inflação é positivo mesmo desconsiderando os cortes do ICMS e combustíveis, já que o índice de difusão da inflação caiu de mais de 80% para perto de 60%, com recuo nos preços dos alimentos.

Já os bancos centrais dos Estados Unidos, o Federal Reserve, e da zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE), demoraram a combater a inflação.

“Há um ano, o Fed discutia se a inflação era transitória, o juro estava baixo, agora precisam correr atrás diante de inflações altíssimas. É a maior inflação em 40 anos, e além disso a situação na Europa está muito grave em termos de energia, agora entra o inverno”, observa.

Na visão de Espírito Santo, os bancos centrais “deveriam ter agido muito antes. Se tivessem atuado como o nosso, provavelmente a inflação não estaria no patamar que está agora, e aí precisa correr atrás, e quanto mais espera, mais precisa correr para alcançar”.

CNN Brasil

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Cadê as hienas quadrilheiras? Onde estão aloprado, bicho de chifres, bolsodoido, Fábio, nostradeu, (todos o mesmo cara) , mané f, Santos? Inventem narrativas, falem que é porque lula tá subindo nas pesquisas! Aconselho que vejam a pesquisa datapovo feita hoje em Caruaru.

  2. Shiiii…silêncio no “reino do faz de contas”. Que para esse povo (esquerdistas), o reconhecimento que alguma coisa boa do atual governo não existe. Incrível de se ver pessoas só brigando pelo poder e se lixando para o país.

    1. E tão bom que as pessoas estão procurando nas ligeiras ossos para enganar o estômago, seus idiotas essas políticas desse idiota e voltada para,as elites, ou gado burro vcs só prestam mesmo para comer capim.

  3. 🇧🇷 não vai demorar para algum esquerdopata dizer que o leite está caro, a cebola está cara, pqp.
    O governo baixa o desemprego todo mês, tem deflação, IPCA baixando, PIB sempre acima das expectativas , arrecadação recorde de impostos sem aumentar impostos, estatais com lucros recordes, arrecadou bilhões em concessões e vendas de estatais, terminou várias obras de infraestrutura em portos, aeroportos, estradas e ferrovias, o país é o 4º no mundo em investimentos estrangeiros (demonstra confiança), teve o menor gasto de salários dos funcionários públicos desde 2008, os preços do mercado sobem de elevador e descem de escada, em qualquer país.🇧🇷

    1. Podem até dizer que ta caro. Mas que todas as vezes pego filas enormes para comprar a minha carne. Eis o mistério…. ta caro e compram, compram e compram… ta caro e compram mais e mais.. esse mimimizinho dessa esquerda quanto pior melhor, não cola mais…

  4. Inclusive, pela primeira vez na história o Brasil está melhor do que os países de primeiro mundo. Obrigado Bolsonaro.

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