Quinta, 10 de Novembro de 2022
Depois de um vídeo que viralizou na internet mostrando um encontro amistoso entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante a COP27, no Egito, na segunda-feira, 7. Macron convidou Maduro para “realizar um trabalho bilateral útil” em toda a América Latina.
Como presidente de uma nação considerada um dos berços da democracia, o simples fato de Macron cogitar ‘realizar um trabalho bilateral’ com um ditador sanguinário como Nicolas Maduro, é uma ofensa aos ideais franceses.
A conversa, de um minuto e meio, ocorreu em um corredor do espaço que sedia a conferência sobre as “mudanças climáticas”, na cidade de Sharm el-Sheikh.
“Ficarei feliz se pudermos conversar mais”, disse Macron a Maduro.
Nas imagens, é possível ver ambos dando um aperto de mãos e sorrindo.
Desde 2018, o apoio internacional ao presidente da Venezuela, Juan Guaidó, perdeu força na Europa. Em contrapartida, os canais de diálogo entre Macron e Nicolás Maduro se mantiveram abertos. Macron busca adotar uma política externa de “potência equilibradora” para a França, e não romper conversas com Maduro.
Macron parece querer aproximar-se de líderes de esquerda. O presidente francês vai receber em Paris seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, o primeiro de extrema esquerda do país, que restabeleceu as relações entre Bogotá e Caracas, depois de uma ruptura que durou três anos.
Em crise energética em virtude da invasão da Rússia à Ucrânia, a Europa sofre com a falta de gás e busca fontes de energia “sujas”, como o petróleo (em abundância na Venezuela), para manter-se aquecida no inverno.
Macron se equivale assim ao presidente da República de Vichy Marechal Pétain, um notório traidor de sua pátria e colaborador do nazismo.
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário