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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

João de Deus é preso em Anápolis; pedido do MP relata temor da vítimas com o réu que cumpria prisão domiciliar

 Quinta, 26 de Agosto de 2021

Foto: Renata Costa/TV Anhanguera

João de Deus, acusado de uma série de abusos sexuais contra mulheres durante atendimentos espirituais foi preso nesta quinta-feira (26) em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A prisão foi um pedido do Ministério Público. Ele já estava cumprindo pena em regime domiciliar.

O idoso sempre negou as acusações. A prisão é relativa à 15ª denúncia apresentada pelo MP contra o réu. O G1 entrou em contato com o advogado de defesa de João de Deus por mensagem de telefone e aguarda retorno.

João de Deus foi levado para a Central de Flagrantes de Anápolis. Ele deve ser encaminhado para o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia ainda nesta quinta-feira.

De acordo com o Ministério Público, ao oferecer a última denúncia, foi feito um novo pedido de prisão contra ele pelo fato das vítimas se sentirem inseguras com ele cumprindo pena em regime domiciliar. Ainda de acordo com os promotores, a Justiça aceitou a denúncia, o tornando réu, e decretou a prisão.

Ele já esteve detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, entre dezembro de 2018 e março de 2020, mas, por causa da pandemia da Covid-19, foi autorizado a ficar em prisão domiciliar.

Relatos

No dia 7 de dezembro de 2018, mulheres começaram a denunciar que foram abusadas sexualmente por João de Deus durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Uma força-tarefa foi criada para investigar os crimes e mais de 300 denúncias foram recebidas.

João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro daquele ano. Desde então, já foi condenado por posse ilegal de arma e crimes sexuais contra 10 mulheres. Cerca de outros dez processos ainda estão em análise na Justiça.

Condenações

As denúncias contra João de Deus começaram a vir à tona em dezembro de 2018. Ele já foi condenado por:

por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019;

por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019;

por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, em janeiro de 2020;

por violação sexual mediante fraude, a dois anos e meio de reclusão, que podem ser cumpridos em regime aberto, em maio de 2021.

G1

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