Sexta, 19 de Agosto de 2022
As reações à "intimidade" entre Bolsonaro e Moraes, na posse do Ministro na presidência do TSE, me fizeram lembrar porque parei (ou quase) de escrever sobre política.
Grande parte da """direita""", aquela que se considera a "limpinha"; baluarte da moral secular, ficou irascível.
Imediatamente, pipocaram teorias até de que a briga entre os poderes não passava de um "Teatro das Tesouras".
Para esse pessoal, que defende o fígado (ou o intestino) como órgão condutor de estratégias políticas, Bolsonaro deveria cuspir na cara de Moraes. Despreparados para o mundo dos adultos, acreditam que as desavenças devem ser resolvidas como na 5ª série: Xingando a mãe e marcando briga para a hora do recreio.
Sou um cara "da espada". Estudo, treino e ensino diariamente sobre enfrentar o pior dos cenários. Então, como não poderia deixar de ser, sempre vou defender a "pena"; justamente por saber que os "emocionados", que anseiam por uma "guerra", uma "ruptura institucional", seriam os primeiros que sucumbiriam em meio ao caos.
Não dá pra falar de política com quem enxerga diplomacia como fraqueza ou hipocrisia. É impossível explicar, para alguém que sequer tem noção de como o mundo real funciona, o quão forte é um homem que coloca sua missão acima de seus próprios interesses; sua pátria acima dele próprio.
Quem lucra com uma crise entre os poderes?
Só os adversários e os youtubers e blogueiros que ganham a vida semeando o pânico. Para o resto do Brasil, a conversa de "pé de ouvido" entre o Presidente da República e o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, às vésperas do pleito, é um sinal de paz; o aceno de bandeira branca que há tanto esperávamos.
Uma péssima notícia pra quem espera o pior para o Brasil.
"A perfeição está no equilíbrio." (ARISTÓTELES)
Felipe Fiamenghi
O Brasil não é para amadores.
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