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terça-feira, 13 de abril de 2021

Flagrante... Aluna faz ofensas racistas à professora e coordenador de curso: "Nego sujo" (ouça o áudio)

 Terça, 13 de Abril de 2021



Nas mensagens, a aluna ofende a professora e enfermeira aposentada da Unesp de Botucatu, Luzia Aparecida Martins da Silva, 56 anos, e o coordenador do curso, José Carlos Camargo, 53 anos. A aluna chega a xingar José Carlos de "nego sujo" e ainda diz que "dar poder a negro dá nisso", se referindo ao método de estudo aplicado contrário ao que a aluna esperava.

As ofensas foram encaminhadas no grupo de WhatsApp, após uma discussão sobre os métodos da professora nas aulas online. Uma outra aluna, que também é negra, denunciou a fala da colega ao coordenador.

"Só que, por eu ser preta, eu sei que, no cotidiano da vida da gente, a gente ouve muito isso, que preto não pode isso, que preto não pode aquilo. E, agora, que eu consegui correr atrás de uma profissão, porque trabalho e graças a Deus eu sempre trabalhei desde nova, nunca tive preguiça de trabalhar. Mas ouvir, de novo, que preto não pode crescer na vida, que preto não pode isso e não pode aquilo, me doeu muito e eu acho que deveria passar isso pra você", relatou a estudante ao coordenador.

Em nota, o Colégio Técnico Maria Vitória disse que repudia qualquer forma de discriminação e preconceito racial. Mas, informa que os fatos aconteceram fora do ambiente escolar.

"Eu fiquei muito incomodado e muito chateado. Ela ofendia a mim diretamente e à professora também por nós sermos negros, estarmos lecionando e termos uma posição de destaque. Fiquei, extremamente, magoado, não só eu como a minha família, principalmente, minha filha que tem a mim como exemplo e está estudando para lecionar e ser uma futura profissional da saúde. A gente acha que isso não pode parar por aí. Como alguém que está estudando para ser uma profissional de saúde faz uma discriminação dessa? ", questiona o coordenador.

Já a professora do curso lamentou que outras discentes não tenham denunciado o caso também.

"Se a outra aluna não tivesse nos reportado sobre esse grupo paralelo, nunca saberíamos o que aconteceu. Foi uma confusão causada por nada", lamenta Luzia.

O caso foi registrado como injúria racial e está sendo investigado pela Polícia Civil, que informou que as partes serão intimadas para prestar esclarecimentos.

Confira o áudio:

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

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