Quinta, 16 de Março de 2023
A Justiça Federal de São Paulo recebeu uma ação contra Janja da Silva, mulher do ex-presidiário Lula (PT), e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), de Brasília, por utilizarem a estrutura da estatal para promoção do Governo petista.
Na terça-feira (7), a EBC realizou uma live chamada "Papo de Respeito" e reproduziu a atração em suas redes sociais e canal do YouTube. O programa, na verdade, era um encontro entre a primeira-dama, que está tendo papel de destaque no terceiro mandato de Lula, a ministra do Mulheres, Cida Gonçalves, e a atriz Luana Xavier.
Foi Janja quem "apresentou" o programa como chefe do Gabinete de Ações Estratégicas em Políticas Públicas (ainda não oficializado por Lula) e citou logo de cara promessa de campanha do petista para recriação do Ministério das Mulheres.
- Uma das peças-chave da campanha do presidente Lula foi a recriação do Ministério das Mulheres - elogiou Janja o próprio marido, sendo prontamente atendida pela ministra.
- Nasceu em 2013 com a presidenta Dilma (Rousseff), e é resultado de uma análise da política que nasceu com o presidente Lula - completou Cida.
No dia seguinte à live, o vereador de São Paulo, Rubinho Nunes, do União Brasil, ingressou com a ação e afirmou que a emissora estatal está criando e veiculando conteúdo favorável ao Governo Federal; o que fere a autonomia da própria EBC e o princípio de impessoalidade, que também foi questionado pelo senador Sérgio Moro (União-PR), quando criticou a possível indicação do advogado de defesa de Lula a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), em maio.
Em nota, a EBC justificou que Janja "não é apresentadora de nenhum programa da grade da TV Brasil" e que "a transmissão foi ao ar na internet e redes sociais". Mas, no início do ano, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, já havia avisado que o Governo de Lula pretende "reestruturar" a estatal.
A bandalheira e a irresponsabilidade é a tônica do governo.
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