Quinta, 16 de Março de 2023
O último preso da operação Lava Jato que, recentemente, ganhou liberdade, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, concedeu entrevista ao portal Metrópoles no qual "demonizou" a direita, culpando autoridades e políticos por suas delações premiadas, penas e detenções.
"Eles são de direita, são preconceituosos”, disse o ex-governador.
“Eles têm horror à política de cotas e à vida progressista. Eles são de direita e ainda usam o nome de Deus. Eu sei o que é Deus. Se não fosse ele, eu não estaria vivo hoje. Eu sei o que é Deus estando sozinho em uma cela durante 22 horas por dia.
Esses caras não sabem nada sobre o que é Deus. São anticristos.
Quantas mulheres, filhos e irmãos eu vi dos presos da Lava Jato? Um método fascista", choramingou o amigo de Lula (PT), ao reclamar de Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato em Curitiba; Deltan Dallagnol, ex-procurador e ex-coordenador da força-tarefa e Eduardo El Hage, ex-coordenador da operação no Rio.
Cabral só não mencionou, em nenhum momento da reportagem, que foi condenado a mais de 430 anos por ter colecionado crimes diferentes. Ele foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude em licitação, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro e formação de cartel.
Apenas com relação à lavagem de dinheiro, ele tinha 184 acusações.
É um típico criminoso condenado tentando usar seu talento teatral para comover a audiência, desqualificar as autoridades envolvidas na sua correta prisão e transferir a responsabilidades dos seus erros - que, por sinal, não foram poucos - para os demais.
Apesar de solto, Cabral tem 23 processos na Justiça e o caminho será longo até ter todas as penas anuladas em instâncias superiores.
Veja o vídeo:
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