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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Arthur Lira, o estafeta e carimbador oficial do STF

Quarta, 06 de Abril de 2022

Diz-se que ontem dois membros do STF fizeram pressão junto a Arthur Lira, Presidente da Câmara dos Deputados, pela aprovação urgente do PL 2630/2020, que institui a censura com o nome pomposo de “combate às fake news”, no duplipensar dos tempos atuais.

Esse projeto bizarro e ilegal inacreditavelmente já foi aprovado no Senado, onde se originou/nasceu. Ele é da autoria do Senador Alessandro Vieira (CID-SE), e foi aprovado durante a pandemia, quase à sorrelfa, sem alarde.

O fato é que temos agora o STF mandando no presidente da Câmara dos Deputados, tratando-o como estafeta de luxo e carimbador oficial. E assim Arthur Lira cumpre à risca a determinação dos dois supremos excelsos-ungidos de levar à votação o projeto na maior velocidade possível, para que entre em vigor antes mesmo da campanha eleitoral.

Isso é um quadro grave de anomia social, de anarquia institucional, de ruína completa da separação dos poderes, e seria motivo de decretação de…

Aliás, nem vou completar a frase acima para não sofrer algum tipo de represália por parte de ditadores travestidos de “defensores das instituições e da democracia”.

A única coisa relativamente boa nisso, para nós, a sociedade de bem: na atual forma de se fazer política no país, Lira não tem muito a oferecer para os deputados votarem como ele quer. Não há mais entrega de envelopes volumosos pelos corredores e gabinetes, como havia no passado, não há mais distribuição de cargos para aliados políticos, e nem mesmo emendas parlamentares no Orçamento, que hoje já são oficializadas por força de uma emenda constitucional que o Congresso aprovou para obrigar Bolsonaro a liberar as verbas para os parlamentares (a chamada PEC da emenda impositiva).

Será que Lira consegue convencer os parlamentares a votar a favor de um projeto contrário a eles mesmos? Nem jogando muito charme e poder de sedução para cima dos deputados Lira conseguirá conquistar os votos dos seus colegas.

Portanto, esse cenário dá um enorme poder de pressão para o eleitor junto a seu deputado: ou ele rejeita o PL 2630 ou não se elegerá nunca mais nem para síndico de condomínio.

Agora é hora de cada brasileiro de bem fazer essa mensagem chegar aos deputados.

E então, caso o PL em questão seja votado mesmo, que seja enterrado definitivamente, de uma vez por todas!

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

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