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sábado, 5 de julho de 2014

Um campeão sem Neymar Júnior

Sábado - 05/07/2014
Copa do Mundo

 

Neymar, ou Neymar Júnior, está fora da Copa do Mundo do Brasil. Os últimos dois passos que faltam, semifinal e final (se o time chegar lá), ele não poderá dar.
A contusão (veja AQUI) no segundo tempo do jogo contra a Colômbia, nessa sexta-feira (4), quando o Brasil venceu por 2 x 1, novamente de forma dramática, é séria.
E o Brasil sem Neymar Júnior pode chegar à final?
Pode, sim. Pode até ser campeão, meu caro.
Desde o início desta Copa, em praticamente todos os jogos até aqui, o Brasil foi Neymar e mais dez ou praticamente só Neymar resolvendo tudo.
Mas, “estranhamente”, no jogo contra a Colômbia, foi um dos poucos com menor brilhantismo, compondo equipe e com raros momentos de malabarismo e eficácia com a bola.
O Brasil sem Neymar, passa a ser novamente um time comum, tão comum quanto os demais concorrentes.
É um Brasil que pode e deverá apostar definitivamente no coletivo, essência do chamado “esporte bretão”, como os antigos locutores esportivos definiam a origem do futebol.
Um Brasil mais compactado, sem grandes hiatos entre os setores de defesa, meio de campo e ataque.
Um Brasil mais concentrado na marcação e consciente dos seus limites.
Um Brasil contaminado pela força verde-amarela das arquibancadas.
Um Brasil operário, solidário e que leva a nação no bico da chuteira.
O próximo jogo é outra decisão, como foram os últimos dois, contra os vizinhos de continente, Chile e Colômbia.
Teremos a Alemanha, que em praticamente todas as copas é o mesmo time: forte fisicamente, disciplinado taticamente e psicologicamente frio e circunspecto. Com alguns excelentes jogadores e focado no que quer. Uma máquina azeitada para vencer.
Teremos um Brasil sem o capitão Thiago Silva e sem Neymar.  Provavelmente com a entrada de Dante, que joga na Alemanha, no poderosíssimo Bayern de Munique, além de William – do Chelsea da Inglaterra fazendo dupla de ataque com o até aqui anêmico Fred.
Se para ser Hexa tínhamos que ter mais dificuldade, elas estão chegando.
Diferente de outras copas e até da expectativa criada antes dessa, nós não estaremos iludidos pelo delírio ou a “certeza” do título.
Sem Neymar Júnior, o Brasil poderá ser o campeão cívico, que tanto alguns locutores encarnam, o campeão feito de superação.
Ser campeão é, em si, se fazer melhor, reinventando-se e ultrapassando seus limites.
Hexa, Brasil!!
 
Fonte: Carlos Santos

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