Professor é demitido por não chamar estudante trans de "ele" e agora processa a escola

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023

(Reprodução/Internet)

O professor de matemática do Reino Unido, Kevin Lister, de 60 anos, foi demitido por justa causa por se recusar a chamar uma aluna nascida biologicamente mulher, como "ele".

O caso aconteceu na cidade de Swindon, na Inglaterra, e o docente concedeu entrevista ao Daily Mail pra dizer como tudo ocorreu e como as escolas britânicas têm sido forçadas a adotar a linguagem neutra no seu dia a dia.

- Quanto mais tempo houver incerteza e quanto mais tempo levar até que o governo faça uma declaração definitiva, mais crianças e mais vidas de jovens serão destruídas - pontuou a respeito da falta de posicionamento do governo britânico sobre o assunto.

- A indústria transgênero tem um controle sobre as escolas que a indústria do tabaco nunca conseguiu. É absolutamente ultrajante permitirmos isso nas escolas. Isso é normalizar o ensino de absurdos - destacou.

Lister, agora, está processando o antigo trabalho por tê-lo demitido por justa causa sem a que sequer tenha havido um consenso sobre o assunto. Por exemplo: a Ministra das Escolas, Baronesa Barran, usou o termo "crianças transgênero" para se referir aos menores que não aceitam o sexo de nascimento. Mas, a diretora do grupo Transgender Trend, Stephanie Davies-Arai, achou um absurdo e revidou afirmando que isso era "politizar as crianças".

- Chamar uma criança que está passando por mudanças, com toda a angústia envolvida, de transgênero já é politizar essa criança - acusou a ativista.

O Departamento de Educação do Reino Unido trabalha junto com o Ministério da Mulher e Igualdade para a elaboração de um documento que dará, definitivamente, as diretrizes sobre o assunto. Mas, antes, planejam fazer uma consulta prévia à população.

Brasil

No Brasil, há dois parlamentares que foram processados por se recusar a usar o pronome neutro para pessoas trans. O deputado mais votado do Brasil em 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG) e o vereador Douglas Gomes (PL-RJ). Ambos foram acusados de transfobia por chamar de "ele" duas mulheres trans que nasceram no sexo masculino.

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