Edmundo é preso em São Paulo

Ex-jogador era considerado foragido pela Justiça quando foi encontrado pela polícia em bairro nobre após denúncia anônima.

Durou pouco mais de 24 horas a caçada ao “Animal”. E olha que não foi na selva que ele foi ser encontrado!

A polícia prendeu na madrugada desta quinta-feira, dia 16, o ex-jogador Edmundo, considerado até então foragido pela Justiça. Ele estava em um flat no Itaim Bibi, região nobre de São Paulo. Após passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, foi levado, já no início da manhã, à Delegacia Seccional de Pinheiros, na Zona Oeste, onde aguardaria transferência para o Rio de Janeiro.

Durante a abordagem, ocorrida por volta das 2 horas, Edmundo tentou ligar para seu advogado, mas não conseguiu. Segundo o delegado Eduardo Castanheira, responsável pela detenção, o ex-jogador não esboçou reação ao ser abordado por policiais civis.

“Recebemos denúncia anônima dando conta que ele estava em um flat na Rua Amauri. O recepcionista nos levou ao seu apartamento. Ele não esboçou nenhuma ação. Solicitei que ele tomasse banho e se arrumasse”, disse Castanheira.

RIO – Durante a quarta-feira, 15, a Polinter mobilizou 12 agentes que percorreram quatro endereços registrados em nome do ex-jogador no Rio de Janeiro. O delegado titular do órgão, Rafael Willis, chegou a dizer que as buscas tinham sido interrompidas temporariamente. Em um dos endereços estava a mulher de Edmundo, que informou aos policiais que ele esteve no local pela manhã e saiu sem dizer para onde ia.

Mandado de prisão

A Vara de Execuções Penais – VEP do Tribunal de Justiça do Rio – TJ-RJ expediu mandado de prisão contra Edmundo na noite de terça-feira, 14, após o juiz rejeitar a alegação da defesa de prescrição do processo em que Edmundo responde por acidente de carro, em 1995.

Conhecido como “Animal” pelo temperamento forte e agressivo em campo, o ex-jogador foi condenado, em 1999, a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio culposo. Passou apenas um dia na cadeia. O restante da pena era cumprida em liberdade.

Segundo o TJ-RJ, a defesa ainda pode recorrer da decisão. O advogado Arthur Lavigne informou na terça que entraria com pedido de habeas corpus. No entanto, nesta quarta, não foi encontrado para confirmar se já deu entrada no documento.