Sábado, 22 de Maio de 2021
Segundo Mendes, que acaba de votar pela anulação do acordo de colaboração premiada do ex-governador com a Polícia Federal, em análise no pleno do STF – de forma virtual – o delegado estaria conduzindo o caso com indícios de abuso de autoridade e violação de segredo profissional.
A delação de Sérgio Cabral, que havia sido homologada pelo ministro Edson Fachin, voltou à pauta, dessa vez para votação de todos os onze membros do colegiado, depois que a PF encaminhou ao Supremo um pedido para investigar o ministro Dias Toffoli, por possíveis irregularidades que ele teria praticado enquanto ocupava a cadeira do Tribunal Superior Eleitoral, entre 2012 e 2016.
Segundo o ex-governador fluminense, Toffoli teria recebido R$ 4 milhões, por intermédio do escritório de advocacia de sua esposa, Roberta Rangel, para votar favoravelmente a dois prefeitos do estado do Rio de Janeiro, em processos eleitorais que poderiam cassar seus mandatos.
Mas, segundo Gilmar, Cabral teria dado diversos depoimentos, o que o ministro chamou de “conta gotas”, e que isso possibilitaria que Toffoli fosse investigado e provas produzidas contra ele, sem que o STF permitisse, em função do foro por prerrogativa de função (ministros do STF só podem ser investigados com permissão do colegiado, que também será o responsável pelo julgamento).
Enfim, o ministro Gilmar Mendes afirmou em seu voto que o delegado Bernardo Guidali Amaral teria cometido atos ilegais pois teria conduzido investigações contra diversas autoridades detentoras de foro, sem a devida autorização do STF.
Quem seriam estas autoridades. Teria a água batido no queixo de mais alguém?
Combater corrupção no Brasil é assim – com o cachorro correndo atrás do rabo … Os policiais, delegados e promotores dão duro, descobrem, analisam, colhem provas e etc … mas tem alguma lei que proíbe tal depoimento, um outra regra que impede tal investigação, a constituição que protege alguns “semideuses” … e a vida deles segue feliz e tranquila, enquanto os que combatem o crime, acabam criminalizados!
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário