martins em pauta

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

O “golpe sujo” de Lula e o embate final no confronto com Lira

 Quarta, 22 de Dezembro de 2022


Lira na mira do Lula.

A decisão do STF que sepulta o orçamento secreto foi um golpe articulado por Lula que muda o rumo da eleição para presidência da câmara e o blinda de um possível processo de impeachment nos próximos dois anos.

Agora Arthur Lira se vê com uma dívida impagável, fruto de promessas feitas com base no orçamento secreto. E o não cumprimento desses acordos pode colocar em risco a reeleição que estava praticamente selada.

A decisão do STF gera insatisfação entre parlamentares pelo não cumprimento dos acordos e das promessas feitas por Lira, o que abre brechas para o surgimento de um novo candidato a presidência da Câmara.

Será que os parlamentares ignorarão mais essa insurgência do STF contra o poder legislativo? Não deveriam, já que cada dia mais seu poder é tolhido e falta pouco para tornarem-se completamente descartáveis para a desgraça do nosso país e a perpetuação da 'Ditatoga'.

STF retirou poderes do legislativo e o transferiu ao executivo com o fim do orçamento secreto. Os 19 bilhões serão distribuídos aos parlamentares que beijarem o anel do Lula.

Além disso, uma maneira de furar o teto de gastos que estava sendo negociado entre Lula e Lira, sequer precisou ser levada adiante com o Congresso. O STF literalmente passou o rolo compressor nos parlamentares.

Lula virou a mesa e conseguiu sair da posição de mendicante para todo poderoso. Com o orçamento secreto em mãos de Arthur Lira, ele se tornava muito perigoso caso se rebelasse contra o governo, risco que agora não corre mais.

Se Lira conseguir fomentar um sentimento de revolta entre deputados contra Lula e o STF seu poder pode renascer. Por esse e outros motivos, Lira ainda é um problema.

Lula pode apoiar outro candidato à presidência, inclusive, o nome do deputado Eunicio Oliveira já está sendo ventilado, um MDBista, nordestino como Lira, ex-presidente do senado e muito próximo de Lula. Porém, isso poderia ser um erro já cometido por Dilma.

Lula sabe da independência e força que Arthur Lira teria se Eunicio Oliveira ou qualquer outro candidato apoiado por ele fosse derrotado. Dilma cometeu esse erro ao apoiar Arlindo Chinaglia ao invés do favorito, Eduardo Cunha.

Na atual situação, é muito provável que Lula chame Lira, agora diminuído em seu poder e fraco junto aos seus pares e lhe estenda a mão para selar um acordo de “cavalheiros”. O que seria melhor que conviver dois anos com as demandas e caprichos de Arthur Lira, caso reeleito.

Com a jogada do STF, Lira passará a ser devedor de Lula para garantir sua reeleição. E dessa forma passará de possível rival a dócil e fiel aliado, como um cão de guarda, garantindo os interesses de Lula na Câmara caso um acordo seja selado.

Esse é o PIOR cenário que poderia ocorrer no Brasil. O próximo Presidente da Câmara precisa ser um inimigo do Lula, não seu aliado.

Enquanto isso, o poder que é conclamado pelo povo brasileiro na porta dos quartéis segue preocupado apenas em barganhar cargos:

Generais negociaram com sucesso nomes para Ministro da Defesa, GSI, Abin e vários outros cargos importantes. 

Quem perde no final do dia é o povo brasileiro, que paga os impostos que sustentam essa corja imunda de devassos insaciáveis por poder.

O inferno aguarda todos vocês!

Texto de Letícia Catel. Empresária do ramo industrial, formada em Comércio Exterior, MBA em Gestão Empresarial e Pós em Economia. Especialista em comércio internacional.

Publicado originalmente no Twitter da autora.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643