Sexta, 23 de Dezembro de 2022
Foram somente jogos de futebol?
Mas, quantas lições nos deram...
Primeiro que – tudo na vida tem um começo e um fim. Quantos começos assistimos. E a quantos finais, também.
Algumas carreiras encerradas com prorrogação natural.
Outras como uma forçação de barra causando efeitos similares aos das frutas passadas numa fruteira que acabam apodrecendo as frutas frescas.
Gente que não sabe o tempo de pendurar as chuteiras.
Contudo a maior lição que tirei foi da nossa Seleção comparada a outras.
Sobretudo às seleções finalistas.
Fomos dirigidos por um chefe e não por um líder.
Quantas diferenças existem nestes dois papéis.
O chefe manda.
O líder revela e explora talentos com sabedoria e dedicação extrema; é solidário e nunca se deixa dominar pela vaidade nem por interesses que sejam só os seus.
E aí que entram dois conceitos fantásticos para quem quer vencer em equipes.
Sincronismo é quando o trabalho coletivo se sobrepõe, na linha do tempo, ao melhor dos talentos individuais.
Não é a renúncia aos talentos individuais.
Mas a(s) sua(s) correta(s) modulação(ões) para que sirvam ao bem comum – e não ao peso de tomadas de decisões e direções comportamentais individualistas.
É um trabalho de sintonia fina.
Onde o grupo aproveita o melhor de cada indivíduo.
E cada indivíduo coloca o seu melhor ao dispor e a serviço do grupo na busca de um objetivo comum.
Nesta harmonização nada fica pesado para ninguém.
Tudo dá errado quando um – ou alguns – assumem, ainda que de boa-fé o protagonismo de “salvadores da pátria” sobrecarregado os ombros com um dever de buscarem sozinhos a solução de tudo; enquanto o grupo, se acomoda esperando exatamente isso daquele(s)que assumiu esse ônus.
Podem ter certeza, que dessa orquestra, ou desse time, não vai sair nenhum resultado fantástico.
A outra característica é a do sincronismo organizacional.
Onde cada agente pode ser conscientizado, orientado e treinado para a busca do ideal comum com estabelecimento definido com estratégia e aplicado com tática.
A estratégia é a teoria da prática.
E a tática é a aplicação prática da teoria.
São conceitos de gestão.
Que passam também pela capacidade do grupo desenvolver a inteligência emocional, para saber recalcular a rota e ter condutas de resiliência, criatividade, fortaleza e espírito de grupo sempre que algum ou todos estiverem sob a pressão que é natural no curso de qualquer jogo e é essência da vida.
Analisado isso, posso perceber por que os campeões venceram.
E o que levou ao fracasso quem poderia estar no pódio levantando o troféu.
Daí que sem medir e sem planejar, não se vai a lugar algum.
A sorte sempre está dentro das taças recheadas de trabalho e preparo.
Tudo o mais são derrotas programadas, invitáveis e previsíveis.
São as lições do futebol sendo úteis para todos os campos da vida!
Então, não é só um jogo!
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz
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