Sexta, 23 de Dezembro de 2022
Nivaldo César Restivo (foto), o coronel da Polícia Militar de São Paulo convidado por Flávio Dino para atuar na Secretaria Nacional de Políticas Penais, desistiu do convite nesta sexta-feira (23). É a segunda baixa na formação da pasta em dois dias.
O ex-coronel – que seria o principal nome na política penal do país, coordenando o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) – passou a ser criticado desde a quarta-feira (21), por sua participação no Massacre do Carandiru, em 1992.
Na ocasião, 111 detentos do presídio foram mortos por policiais, em um crime que foi perdoado hoje por Jair Bolsonaro.
Ontem (22), integrantes do grupo de trabalho se disseram “envergonhados” com a escolha. “Para um sistema prisional marcado de violações, sendo o descaso e tortura marcas recorrentes, a indicação de alguém que carrega em seu currículo a participação num dos mais trágicos eventos da história das prisões do Brasil, o Massacre do Carandiru, representa um golpe bastante duro”,escreveram os especialistas em políticas penais na nota encaminhada ao ministro.
Na quarta, Dino já havia sido obrigado a recuar da indicação de Edmar Camata à diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal. Camata, que já se declarou apoiador de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e da Lava Jato, foi sacado por “razões políticas”.
O Antagonista
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