O cantor Wando morreu às 8h da manhã desta quarta-feira, dia 8, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
Ele tinha 66 anos e estava internado desde o dia 27 de janeiro no hospital Biocor, onde realizou um cateterismo após apresentar um quadro de angina (dores no peito).
Na madrugada do dia 28, Wando foi diagnosticado com angina refratária ao tratamento clínico e foi submetido, em caráter de urgência, a uma angioplastia coronariana de múltiplas artérias, procedimento que desobstrui a passagem de sangue para o coração.
Nos últimos dias, o cantor, cujo nome completo era Vanderley Alves dos Reis, havia apresentado uma ligeira melhora e seu quadro clínico seguia estável.
Bigrafia e carreira
Nascido no dia 2 de outubro de 1945 em Cajuri, interior de Minas Gerais, o cantor mudou-se ainda criança para Juiz de Fora e depois para o estado do Rio de Janeiro, onde sua família se fixou em Volta Redonda.
Antes de ser descoberto em 1973 pelo cantor Nilo Amaro, Wando, que ganhou o apelido da avó, chegou a trabalhar como feirante e motorista de caminhão.
Com Amaro, Wando compôs “O Importante é Ser Feliz”, que virou sucesso na voz de Jair Rodrigues. Depois, o artista também teve composições de sua autoria gravada por nomes de peso da música brasileira, como Roberto Carlos e Ângela Maria.
Em 1974 Wando lançou o álbum “Moça”, cuja faixa de mesmo nome tornou-se seu primeiro sucesso. Muito conhecido também pela música “Fogo e Paixão, de 1988, Wando investia em um romantismo recheado de letras sobre mulheres e sexo, que lhe valeram um posto entre os ícones do brega.
Outra marca registrada do cantor, cujo último álbum de inéditas, "Romântico Brasileiro, Sem Vergonha", chegou ao mercado em 2005, era um ritual das fãs que assistiam aos seu shows.
Empolgadas, as mulheres da plateia costumavam atirar calcinhas no palco. Ao longo da carreira, Wando estimava ter juntado mais de 17 mil peças íntimas, que reuniu em uma coleção.
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