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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Grupo hacker afirma que tirou site do FBI do ar


O grupo hacker Anonymous anunciou no início da noite desta sexta-feira (20) que tirou do ar o site do FBI em retaliação, após a divulgação de uma ação que tirou do ar o site Megaupload, um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos da internet, na quinta-feira (19).

Os sites do Departamento de Justiça, da gravadora Universal Music e da Motion Picture Association of America, associação de estúdios de cinema, também foram retirados do ar mais cedo. A página da gravadora BMI também ficou fora do ar, como parte do que os ativistas estão chamando de "#OpMegaUpload". Quando um site é derrubado, usa-se o termo "Tango down", de origem militar (inimigo abatido).


O grupo também derrubou as páginas da Associação Americana da Indústria de Gravação e da associação de chefes de polícia do estado de Utah, além do site de registro de copyrights.


O tipo de ataque supostamente dirigido aos dois sites é conhecido como negação de serviço. Ele, basicamente, consiste no fato de vários computadores ao mesmo tempo tentarem enviar solicitações a um site, de modo que ele fique instável. Dependendo da carga de acessos simultâneos, a página fica fora do ar.


Em comunicado, o grupo Anonymous afirmou, mais cedo: “A ação contra o Megaupload mostrou que não é necessária uma lei como a Sopa ou sua irmã, a Pipa, para tirar um site do ar.” Os dois projetos de lei, parecidos, visam proteger a propriedade intelectual e impedir a pirataria online. Na quarta (18), diversas páginas dos EUA protestaram contra as propostas, ficando fora do ar ou exibindo mensagens em suas páginas iniciais.


`Indústria do crime´

A “indústria do crime”, termo pelo qual o FBI se refere ao site, é chefiada por Kim Dotcom, fundador do Megaupload, que mantém residência na Nova Zelândia e em Hong Kong, sede do site de compartilhamento.

“Por mais de cinco anos, o site operou de forma ilegal reproduzindo e distribuindo cópias de trabalhos protegidos por direitos autorais, incluindo filmes – disponíveis no site antes do lançamento –, músicas, programas de TV, livros eletrônicos e softwares da área de negócios e entretenimento”, diz o órgão.


O site Megaupload tem mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e soma 4% de todo tráfego da internet mundial.


De acordo com o FBI, o modelo de negócios do site de compartilhamento de arquivos promovia o upload de cópias ilegais. Tanto é que o usuário era recompensado pelo site quando incluía arquivos que eram baixados muitas vezes. Além disso, o Megaupload pagava usuários para criação de sites com links que levavam para o serviço.


Conforme alegado no processo, os administradores do site não colaboraram na remoção de contas que infringiam direitos autorais, quando solicitados pelas autoridades. Para citar o “descaso” da empresa, o FBI comenta que quando solicitado, o site ia lá e removia apenas uma cópia, deixando disponível outras milhares de cópias do arquivo pirateado.


Vídeo controverso de apoio

Em dezembro, em função de um processo da gravadora Universal contra o Megaupload, o site lançou um vídeo em que vários artistas americanos – também vítimas de cópias ilegais distribuídas no serviço – apoiam o que a página faz. Em um dos trechos, Will.i.am, do grupo Black Eyed Peas, diz: “Quando eu quero enviar alguns arquivos pelo mundo, eu uso o Megaupload."

Artistas como o ator Jamie Foxx, a jogadora de tênis Serena Willians e o rapper americano Kanye West aparecem no vídeo apoiando o site dizendo que “gostam do Megaupload”.


Alguns dias após o lançamento do vídeo, o cantor Will.i.am informou que ele não havia autorizado o uso da sua imagem na campanha. O vídeo chegou a ser removido do YouTube, mas há várias cópias dele disponíveis no site.


Fonte: UOL
via sentinelas do Apodi

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