Quarta, 06 de agosto de 2024
Após sete países da União Europeia emitirem uma declaração conjunta exigindo que o governo da Venezuela divulgasse as atas da eleição presidencial, a União Europeia afirmou neste domingo (4) que os resultados “não podem ser reconhecidos”.
"O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação das seções eleitorais. Sem evidências para apoiá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos", declarou o bloco econômico que reúne 27 países europeus.
O comunicado ressalta que qualquer atraso na publicação dos registros oficiais de votação aumenta as dúvidas sobre a credibilidade dos resultados divulgados.
Além disso, o bloco europeu destacou que as cópias dos registros eleitorais divulgados pela oposição e revisados por organizações independentes sugerem que Edmundo González Urrutia, líder da oposição, é o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.
A União Europeia defende uma verificação independente dos registros eleitorais por uma entidade de grande renome e expressou sérias preocupações com o aumento das detenções arbitrárias e o assédio contínuo à oposição na Venezuela.
O bloco pediu que as autoridades venezuelanas interrompam as detenções arbitrárias, cessem a repressão e a retórica violenta contra a oposição e a sociedade civil, e liberem os presos políticos.
A União Europeia também enfatizou a necessidade de manifestações políticas pacíficas na região.
"As autoridades venezuelanas, incluindo as forças de segurança, devem respeitar integralmente os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e de reunião", afirmou.
Além disso, a organização reconheceu os esforços dos “parceiros regionais” para promover o diálogo e buscar uma solução negociada para a crise na Venezuela.
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