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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Mossoró pode causar outro estrago em candidatura


Quinta-Feira - 10 de outubro 2014 

Henrique Alves


Mossoró é o ponto nevrálgico da campanha ao Governo do Estado do candidato da Coligação União pela Mudança, Henrique Alves (PMDB).

Henrique: principais aliados tinham outras prioridades

Já fora no primeiro turno.

Será novamente no segundo turno.

No primeiro, derrota acachapante.

No segundo, tende a ser até maior se não conseguirem estancar a “sangria”. Uma vitória é perto de impossível. Impossível, não. Perto do impossível.

Pode pelo menos tentar diminuir a diferença, conquistando parte dos indecisos ou aqueles que simplesmente anularam voto ou se ausentaram do pleito.

No primeiro turno, maioria de 23.392 (25,57%) para Robinson Faria (PSD) da Liderados pelo Povo.

Uma conspiração de fatores convergiu para esse resultado.


Governo do Estado (Mossoró)

Robinson Faria (PSD) – 52.886 (57,82%) – Maioria - 23.392 (25,57%)
Henrique Alves (PMDB) – 29.494 (32,25%)
Robério Paulino (PSOL) – 7.084 (7,75%)
Simone Dutra (PSTU) – 1.175 (1,28%)
Araken Farias (PSL) – 823 (090%)
Eleitorado – 160.013 eleitores
Válidos – 91.462 (64,18%)
Abstenções – 17.500 (10,94%)
Brancos – 14.633 (10,27%)
Nulos – 36.406 (25,55%)

O rosalbismo em parte considerável votou no que considera um “mal menor”: Robinson. Ou nulo/branco.

A campanha de Robinson imperou praticamente sozinha, sob as ordens do prefeito Francisco José Júnior (PSD).

A campanha de Henrique foi marcada pela ausência de comando central e fracionamento de forças, além de vaidade e litigância entre seus principais apoios – Fafá Rosado (PMDB), Cláudia Regina (DEM) e Sandra Rosado (PSB) -, que tangiam outras prioridades.

Os recursos também foram escassos. Chegou ao final catando centavos e cada um no seu quadrado, se lixando para a chapa majoritária, que quase não teve campanha a maior parte do tempo

Bote nessa conta, ainda, o alheamento da própria cidade à disputa. Os números são reveladores da fragilidade das lideranças locais, que não conseguiram atrair o eleitor à participação no voto.

De um eleitorado de 160.013 pessoas, foram computados apenas 91.462 (64,18%) como válidos.

Multidão

Os brancos, nulos e abstenções atingiram 46,75% dos votos.

A multidão de votos anulados impressiona, com 36.406 (25,55%). É quase o número obtido por Henrique (29.494 votos).

Enfim, Mossoró não é um “país” à parte. O nítido protesto que foi pulverizado Brasil afora também desembarcou no município e nas urnas. O maior estrago na disputa majoritário no município foi mesmo para Henrique.

Contudo seus principais apoios locais não ficaram atrás. Exceção para Larissa Rosado (PSB), candidata à reeleição à Assembleia Legislativa, mas que apesar de votação expressiva (24.585 votos) não somou fora para se reeleger.

Como mudar ou atenuar isso no segundo turno?

O candidato, seu marketing e coordenação de campanha terão muito trabalho.

Talvez encontrem a resposta. Ou não.


Fonte: Carlos Santos

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