Segunda, 01 de setembro de 2025
Em abril, o ministro da Justiça costarriquenho, Gerald Campos, esteve no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador, unidade destinada a integrantes de facções criminosas e alvo de críticas de entidades de direitos humanos pelas rígidas condições de encarceramento.
O futuro presídio da Costa Rica, batizado de Centro de Alta Contenção para o Crime Organizado (CACCO), deve receber um investimento de cerca de US$ 35 milhões. A estrutura terá capacidade para 5.100 presos, distribuídos em cinco pavilhões, ocupando uma área de nove hectares.
“Precisamos que essa prisão esteja pronta para o dia em que possamos fortalecer o sistema de justiça costarriquenho com leis mais firmes e um Judiciário eficiente”, afirmou Chaves em coletiva de imprensa.
O mandatário agradeceu ainda ao Congresso pela aprovação de um orçamento extraordinário que cobre 40% dos custos da obra, permitindo o início do processo licitatório.
O anúncio acontece em meio ao crescimento dos homicídios e do narcotráfico no país, que já foi considerado o mais seguro da América Central.
Diferente do modelo salvadorenho, o presídio da Costa Rica permitirá visitas familiares, encontros conjugais, entrega de encomendas e também chamadas telefônicas curtas aos detentos.
A penitenciária salvadorenha, inaugurada em janeiro de 2023, é a maior da América Latina, com capacidade para 40 mil detentos. Atualmente, abriga cerca de 15 mil suspeitos ligados a facções como Mara Salvatrucha e Barrio 18.
O local é vigiado por cerca de 1.000 agentes penitenciários, além de 600 militares e 250 policiais armados. As celas, de concreto e grades reforçadas, abrigam prisioneiros em condições duras: camas de lona sem colchão e água potável retirada de barris plásticos.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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