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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

1ª dama perde cargo em escândalo: Acusação é de fraude em licitações em parceria com ex-marido

 Sexta, 05 de setembro de 2025





A PF investiga um esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados entre 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19. Karynne, que atuava como secretária extraordinária de Participações Sociais, figura como personagem central nas investigações.

O prejuízo aos cofres públicos do Tocantins ultrapassa R$ 73 milhões, conforme apuração da Polícia Federal. Os contratos investigados somam R$ 97 milhões, muitos viabilizados por emendas parlamentares destinadas ao estado.

Segundo as investigações, os recursos desviados teriam financiado um estilo de vida luxuoso dos envolvidos, incluindo empreendimentos de alto padrão, compra de gado e despesas pessoais dos participantes do suposto esquema.

Paulo César Lustosa, conhecido como PC Lustosa, ex-marido da primeira-dama, aparece como intermediário nas negociações ilícitas. Em mensagens interceptadas pela PF, ele descrevia a negociação de propinas como sua "principal atividade laboral".

As apurações indicam que o esquema de corrupção começou a ser estruturado após a saída do ex-governador Mauro Carlesse, em 2021. Em comunicações interceptadas, Lustosa faz referência à "gula por dinheiro" do atual governador, mencionando pagamentos em espécie.

A operação também investiga dez deputados estaduais do Tocantins e empresários do setor de fornecimento de alimentos. Análises das comunicações obtidas sugerem direcionamento prévio das licitações, com empresas previamente escolhidas para vencer os certames, enquanto outras apenas simulavam participação nos processos.

Para cumprir as determinações judiciais, 200 policiais federais executaram 51 mandados de busca e apreensão em Palmas e Araguaína (Tocantins), além de endereços no Distrito Federal, Maranhão e Paraíba. O Palácio Araguaia, sede do governo tocantinense, e a Assembleia Legislativa do estado foram alvos da operação.

O STJ também ordenou o bloqueio de bens e valores dos investigados. Entre os patrimônios identificados está a Pousada Pedra Canga, empreendimento em construção na Serra de Taquaruçu, que teria sido financiada com recursos provenientes dos desvios investigados.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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