Domingo, 25 de agosto de 2024
O governo brasileiro disse nesta sexta-feira (23) que não assinou o comunicado que refuta o resultado eleitoral na Venezuela por não concordar com o tom e com o teor do texto.
O comunicado foi divulgado mais cedo e é assinado por Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Os signatários afirmam que a eleição na Venezuela foi fraudada. Nesta quinta (21), o TSJ, suprema corte venezuelana, reconheceu o atual presidente Nicolás Maduro como vencedor do pleito.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE, a Justiça eleitoral do país), já havia declarado vitória de Maduro. Agora, o TSJ respaldou. Mas nenhum dos dois órgãos apresentou as atas de votação (espécie de boletim eleitoral).
A oposição alega que O CNE e o TSJ são, na prática, comandados por Maduro. E que o verdadeiro vencedor da eleição foi o oposicionista Edmundo Gonzalez.
O Brasil justificou que não assinou o comunicado porque é um dos únicos países a ainda a dialogar com ambos os lados da política venezuelana.
Lula já foi próximo de Maduro e vem sendo cobrado dentro e fora do Brasil a tomar uma postura concreta sobre a contestada eleição venezuelana.
Brasil mantém a postura
A eleição venezuelana vai completar um mês na semana que vem. Desde então, diante dos indícios de fraude e da ausência das atas eleitorais, o governo brasileiro vem adotando a mesma postura: não reconhece nem refuta o resultado, e fica cobrando para que a Venezuela apresente as atas.
Nesta sexta, o governo ressaltou que precisa manter a firmeza na cobrança por transparência.
O Brasil continua em conversas com a Colômbia, país que também tem extensa área de fronteira com a Venezuela e que também tem contato com oposição e situação venezuelanas.
g1
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