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sábado, 29 de junho de 2019

Acordo Mercosul-UE pode aumentar o PIB em até US$ 125 bilhões em 15 anos

Sábado, 29 de Junho de 2019



O acordo para a área de livre comércio entre os países do Mercosul e da União Europeia (UE), anunciado nesta sexta-feira (28), representará um aumento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a “redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção”. As projeções são do Ministério da Economia.

De acordo com a área econômica, o aumento de investimentos no Brasil, nesse mesmo período de 15 anos, será da ordem de US$ 113 bilhões por conta do acordo comercial. “Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035”, acrescentou a pasta em nota.

Segundo o governo federal, com o início do tratado com a UE, produtos agrícolas “de grande interesse do Brasil” terão suas tarifas “eliminadas” – é o caso de suco de laranja, frutas e café solúvel.

“Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros”, informou o Ministério da Economia. “As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.”

A área econômica informou, ainda, que o acordo reconhecerá como “distintivos do Brasil” vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés, e garantirá “acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros”.

Segundo o governo, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da União Europeia, no que se refere a compras públicas, estimado em US$ 1,6 trilhão. “Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens”, informou.

Informou ainda que o acordo propiciará um “incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos”.

“A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos”, avaliou o Ministério da Economia.

G1

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