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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Exclusivo: Investigação de tiroteio em Juiz de Fora pode chegar a clube do goleiro Bruno e advogados de AdélioSALVARBrasil

Quarta, 24 de Outubro de 2018

Por Claudio Dantas

O empresário Flávio de Souza Guimarães, acusado inicialmente de levar milhões dólares para trocar por reais em Juiz de Fora (MG), negou essa versão, ontem, em depoimento à Polícia Civil de São Paulo.

No documento, obtido por O Antagonista, ele diz que foi até a cidade mineira para recolher um empréstimo para o AJC Group (AllJaber Company), do qual é presidente executivo.

Segundo Guimarães, que escapou do tiroteio e voltou para São Paulo num jatinho fretado, o grupo passa por “dificuldades financeiras, inclusive para captação de capital junto ao mercado financeiro”.

A versão do executivo, porém, não convenceu os investigadores. Na véspera do tiroteio, Guimarães anunciou patrocínio do grupo AJC ao ‘Boa Esporte’, para a reta final da Série B.

“Se o grupo AJC passa por dificuldades financeiras a ponto de recorrer a um empréstimo no mercado negro, não tem sentido querer bancar um clube de futebol”, comenta um policial. E um clube que está prestes a ser rebaixado.

Coincidência ou não, o Boa Esporte é o mesmo clube que contratou o goleiro Bruno em 2017, depois de deixar a cadeia. Para os investigadores, pode haver uma ligação direta entre o dinheiro que motivou o confronto no estacionamento do Monte Sinai e o patrocínio ao Boa.

“Esse patrocínio pode ser apenas uma forma de encobrir o real destino desses recursos”, diz uma fonte ligada à investigação.

Como O Antagonista mostrou há pouco, a Polícia suspeita da atuação de advogados que passaram a atuar no caso, em especial de Jorge Ponciano, que defende o estelionatário Antônio Vilela.

Segundo os policiais, Ponciano teria relação com Ércio Quaresma Firpe, que defendeu justamente o goleiro Bruno – enquanto Zanone de Oliveira, advogado de Adélio Bispo, defendeu o Bola, cúmplice do jogador no assassinato de Elisa Samúdio.

Além disso, Zanone destacou o advogado Pedro Possa para defender Jerônimo Leal, dono da empresa de vigilância que fazia a escolta de Flávio Guimarães.



Fonte: O Antagonista

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