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sábado, 22 de outubro de 2016

Grupo investigado da Polícia do Senado tem agido desde 2014, diz juiz

Sábado, 22 de Outubro de 2016 

Foto: Reprodução / TV Globo

A ação dos servidores da Polícia Legislativa do Senado que tentaram obstruir investigações da Operação Lava Jato ocorreu pela primeira vez em 2014, quando foi deflagrada a apuração sobre os desvios da Petrobras, estendendo-se até este ano. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o dado consta na decisão do juiz da 10ª Vara Federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira. O despacho, cumprido na manhã desta sexta-feira (21) durante a operação Métis, determinou a prisão temporária, por cinco dias, dos quatro integrantes da Polícia do Senado, incluindo o diretor do órgão, Pedro Ricardo Carvalho. O magistrado aponta em sua decisão que "os fatos são gravíssimos". A Polícia Federal informou à Justiça Federal que Carvalho "ordenou diligências nos anos de 2014 e 2015 , com infração do dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, inclusive de quem não exercia mais o mandato de senador". De acordo com o juiz, a ordem foi emitida "a fim de embaraçar conscientemente notória operação" em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal), uma menção à Lava Jato. "Os fatos são gravíssimos e há indícios de funcionamento da associação liderada pelo primeiro investigado [Pedro Carvalho], havendo fundadas razões de autoria e participação dos citados delitos", diz a decisão. Além da prisão, o juiz autorizou a apreensão, dentro da Polícia do Senado, de "documentos indicativos de associações entre investigados, documentos indicativos de outras varreduras; mídias de armazenamento e aparelhos Oscor". Os equipamentos são usados para rastrear equipamentos de gravação. Também foram autorizadas buscas e apreensões nas casas dos quatro servidores em Brasília, que foram suspensos das funções públicas. O pagamento dos salários, no entanto, foi mantido, "para que possam satisfazer suas necessidades cotidianas e manter suas famílias".

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