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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

'Não vamos mexer na CLT', afirma Marina Silva


Quinta, 25 de Setembro de 2014
por Maria Garcia
Foto: Globo/João Cotta

Apesar de diversos questionamentos dos jornalistas, a candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) reforçou a sua proposta de não flexibilizar as leis trabalhistas para não prejudicar a segurança dos empregados. “Não vamos mexer na CLT”, disse Marina à bancada do Bom dia Brasil, programa matinal da TV Globo, na manhã desta quinta-feira (25). A melhoria no quadro industrial do Brasil seria feita por medidas que vão de investimentos para a indústria, redução da carga tributária e concessão de incentivos fiscais com contrapartidas do setor privado, de acordo com proposta da presidenciável. Em nenhum momento durante a entrevista, contudo, Marina pontuou que faria uma desoneração da folha de pagamento caso eleita. “Nós queremos dialogar com aqueles incentivos que foram dados, através do BNDES, em que o governo escolheu algumas empresas para ser consideradas capazes, com volume de recursos altíssimos. Não se pode utilizar dinheiro do contribuinte para escolher quem serão os beneficiários e o mau uso dos recursos públicos. Com o BNDES vamos fazer com transparência”, comentou a pleiteante. A postulante afirmou que, para a economia, será mantida a estabilidade econômica com a responsabilidade fiscal, manutenção do câmbio flutuante e proposta de 4,5% para a meta inflacionária. Para isso, ela propôs a criação de um Conselho de Responsabilidade Fiscal para avaliar as contas públicas, mesmo que a ação já seja desempenhada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A postulante acredita que somente pela escolha de outro governo o país voltará com a credibilidade do capital estrangeiro. Após a proposta de diminuição do poder aos bancos públicos ser considerada como “inviável” por Dilma Rousseff (PT), em última entrevista também feita pela emissora, Marina disse que a sua proposição estava relacionada ao repasse mais consciente dos recursos, e a discussão na qualidade destes investimentos. Quando perguntada sobre as medidas ambientais em seu governo, que poderiam estar à frente dos interesses do agronegócio, a candidata preferiu descartar o dilema e falou sobre produtividade sem expansão da área de exploração. Para ela, a desertificação de regiões como a Amazônia só seria prejudicial para a produção do setor. “Não podemos ficar no dilema para produzir e proteger, as duas coisas são inteiramente possíveis”, comentou. Marina negou ainda que tenha sido responsável por um rigor excessivo na expedição de licenças ambientais enquanto era ministra do Meio Ambiente, em obras como a hidrelétrica de Jirau e a transposição do Rio São Francisco, e argumentou as que foram dadas durante gestão são as mais completas. Em relação ao momento em que chorou após uma entrevista, a candidata não achou ter demonstrado fragilidade. “Eu sou uma pessoa sensível, mas não pode confundir sensibilidade com fraqueza”, disse. Todas as entrevistas foram gravadas na véspera da exibição e o critério de seleção foram candidatos com pontuação superior a 3% nas pesquisas Datafolha/ Ibope mais recentes. Esta foi a última rodada de entrevistas com os presidenciáveis antes do primeiro turno.

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