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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Após conceder desconto, governo anuncia que vai repassar rombo do setor de energia ao consumidor

26 DE SETEMBRO DE 2014

26 de setembro de 2014

Aumento das tarifas coroará uma sequência de lambanças da gestão Dilma no setor
Por Marlos Ápyus
Kindle


O governo anunciou que pretende repassar o rombo do setor de energia diretamente para o consumidor. Após conceder diversos descontos às distribuidoras, que seriam cobertos pelo Tesouro Nacional, a presidente Dilma recuou e diminuiu essa ajuda em R$ 4 bilhões.

As contas federais estão no vermelho. E, para cobrir o rombo, o governo vai deixar de repassar dinheiro para um setor que ele vinha socorrendo: o de energia. São R$ 4 bilhões a menos do Tesouro Nacional para as empresas distribuidoras por meio da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). De R$ 13 bilhões previstos para R$ 9 bilhões.

Com a redução desse aporte do governo e sem outras fontes de recurso, a tarifa de energia deve ficar mais cara.

Com a manobra, o governo pretendia conter o avanço da inflação, mas os esforços se mostraram inúteis, uma vez que o IPCA já ultrapassou o teto estabelecido.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, acelerou para 0,39% em setembro, em comparação com 0,14% em agosto. Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses o índice atingiu 6,62% e ultrapassou o teto da meta do governo.

Com o descaso com o setor, a Eletrobras acabou sendo prejudicada, sofrendo uma desvalorização bilionária durante o governo Dilma.

Na Eletrobras, do setor de energia, a perda de valor foi de R$ 17,7 bilhões no mesmo período. A empresa valia R$ 26,2 bilhões há pouco mais de três anos e na semana passada suas ações negociadas no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo estavam valendo R$ 8,5 bilhões, um recuo de 67,5%.

O governo se colocou numa sinuca de bico. Após ir à TV oferecer descontos num raro momento de contas positivas, em vez de salvar as reservas para momentos de sufoco como o atual, tentou fazer marketing pessoal com o dinheiro público. Já na época se falava num custo de mais de 8 bilhões arcados com os impostos pagos pelo brasileiros. Agora, mesmo com a redução do subsídio, ainda serão usados 9 bilhões do dinheiro dos contribuintes. Para completar o a lambança, a Eletrobras perdeu dois terços do seu valor de mercado e o restante dos bilhões do subsídio será bancado pelos próprios consumidores após reajuste de tarifas. Poucas vezes o populismo barato saiu tão caro.

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