Quarta, 10 de dezembro de 2025
No curso da investigação, agentes encontraram documentos digitais que revelam um acordo de alto valor firmado entre a instituição e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esses arquivos não estavam armazenados em diretórios usuais, mas, conforme relataram os investigadores, foram localizados diretamente no celular do controlador do banco, Daniel Vorcaro. Os registros apontavam pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões ao escritório Barci de Moraes Advogados, num contrato de três anos. Caso o compromisso fosse integralmente executado, movimentaria R$ 129 milhões. O acordo estabelecia que o escritório representaria o banco em múltiplas áreas, porém sem detalhar processos ou demandas específicas.
Apesar de o Banco Master ter entrado em liquidação e, consequentemente, não ter quitado a totalidade dos valores previstos, conversas analisadas pela PF sugerem que Vorcaro tratava os repasses ao escritório como prioridade. Em mensagens trocadas com colaboradores da instituição, o controlador reforçava a necessidade de manter tais pagamentos.
A juíza exilada Ludmila Lins Grilo não perdoou:
"Não existe - repito, NÃO EXISTE - nenhum serviço advocatício que custe 129 milhões (nem se a mulher passasse a assumir integralmente o jurídico do banco). E não estamos falando de 129 milhões de eventuais êxitos, são de pró-labore mesmo."
Fonte: Jornal da Cidade Online
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