Segunda, 03 de março de 2025
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), já havia afirmado que pelo menos 230 parlamentares apoiam o projeto. Para a aprovação, são necessários 257 votos. A expectativa é que o número de adesões continue crescendo.
A líder da minoria na Câmara, Carol De Toni (PL-SC), afirmou que a anistia é uma das principais pautas da oposição. Segundo ela, o tema vem sendo trabalhado desde que o ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retirou a proposta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no fim de 2023.
“Não desistiremos até sua aprovação”, garantiu a deputada. “São mais de dois anos de sofrimento para centenas de famílias, com inocentes pagando por crimes que não cometeram. Recebemos relatos diariamente e seguimos atuando em diversas frentes.”
Carol De Toni também cobrou do novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a criação de uma comissão especial para debater e aprovar a anistia. Ela lembrou que, em 2023, apresentou um requerimento para fiscalizar as investigações e denunciar possíveis violações de direitos fundamentais contra os presos dos atos de 8 de janeiro.
Já o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que a anistia é necessária e criticou o rigor das punições aplicadas.
“Há pessoas que receberam penas mais severas do que condenados por crimes hediondos”, comparou.
Zucco também destacou que muitas famílias foram afetadas pela situação.
“São pessoas que perderam seus empregos, que estão presas, famílias destroçadas”, afirmou.
Ele reforçou que os responsáveis por depredação devem ser punidos, mas questionou a narrativa de golpe.
“Um golpe sem Forças Armadas, sem armas? Isso já caiu por terra.”
O avanço do projeto na Câmara sinaliza um debate intenso nos próximos meses, com expectativa de forte embate entre governistas e oposicionistas sobre a concessão da anistia.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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