Sexta, 31 de janeiro de 2025
Diante desse panorama tenebroso, Caio Coppola não vê um caminho vitorioso para Lula em 2026.
“Esse governo está desaplaudido, desacreditado, enfraquecido, vendo a chance de uma vitória eleitoral em 2026 cada vez mais distante.”
Foi assim que Coppola abriu seu discurso durante um debate na CNN, onde expôs o colapso autoinfligido do governo Lula, que vê seu próprio eleitorado se afastar pouco a pouco.
O atual governo já é responsável pelo maior rombo fiscal da história, pela maior desvalorização da moeda entre as grandes economias em 2024 e pelo maior déficit já registrado nas empresas estatais. Agora, soma-se a essa lista a queda significativa na popularidade de Lula.
“A aprovação do governo Lula caiu 5 pontos em relação a dezembro, com destaque para o Nordeste, onde ele perdeu 7 pontos em um mês. Isso é bastante significativo.”
Além disso, Coppola ressalta que a desaprovação ao governo cresceu drasticamente desde fevereiro de 2023.
“Em fevereiro do ano passado, 23% dos entrevistados reprovavam o governo Lula. Hoje, esse número mais que dobrou, chegando a 49%. Ou seja, o eleitor está perdendo a paciência e está perdendo a esperança com Lula e sua equipe.”
Coppola deixa claro que, diante da realidade econômica e política, o governo não pode mais atribuir seus fracassos a terceiros.
A crise que enfrenta é consequência direta de suas próprias decisões. Para comprovar isso, ele lista os principais motivos da insatisfação popular.
“A regulação do PIX foi uma tentativa malsucedida do governo de aumentar a fiscalização sobre as transações via PIX, que muitos viram como uma medida para potencialmente arrecadar ainda mais.”
Além disso, ele destaca o descumprimento sistemático das promessas de campanha, tanto antes quanto depois da eleição.
“É um governo que descumpre promessas de campanha e de governo a torto e a direito, começando pela nomeação de dois amigos e dois companheiros do senhor Lula para o STF, coisa que ele garantiu em rede nacional que não faria.”
Outro exemplo citado é o fim da isenção para compras internacionais, o que gerou a chamada “taxa da blusinha”.
“O Lula não manteve a isenção para aquelas compras internacionais, instituindo a chamada taxa da blusinha.”
A promessa de isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais também não foi cumprida.
“O Lula ainda não isentou do pagamento do imposto de renda às pessoas com receitas até 5 mil reais mensais.”
Coppola ainda critica a postura do governo em relação a regimes autoritários, contrastando com seu discurso de defesa da democracia.
“O Lula prometeu também que lutaria pela democracia, mas defendeu o quanto pôde a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela.”
Além disso, Coppola denuncia a falta de transparência do governo, apontando que, ao invés de abrir os dados sobre os gastos da presidência, Lula ampliou o sigilo.
“O Lula não quebrou o sigilo dos gastos exorbitantes da sua própria presidência. E pior, aumentou o segredo, aumentou o mistério sobre as aquisições realizadas pelo seu próprio governo.”
A volta da inflação é outro fator central na insatisfação popular. Coppola destaca que os preços dos alimentos, combustíveis e energia estão pesando cada vez mais no bolso dos brasileiros.
“Inflação é um fantasma que voltou a assombrar as famílias brasileiras, puxada pelo preço dos alimentos, dos combustíveis e da energia.”
Para tentar conter o problema, o Banco Central – sob a indicação de Lula – vem adotando uma política agressiva de aumento dos juros.
“O escolhido do Lula para o Banco Central está liderando uma campanha agressiva de aumento de juros pra combater esse mal. A taxa Selic está em 12,25%, mas a previsão é que esse índice seja reajustado para cima ainda essa semana.”
Outro ponto crítico citado por Coppola é o aumento expressivo do preço da carne, indo na contramão das promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral.
“Preço da carne sobe 20% em 2024 e tem a maior alta em 5 anos. Alguns cortes subiram até 25%. E a picanha, tão citada pelo Lula na campanha eleitoral, também ficou mais cara.”
O comentarista encerra sua análise deixando claro que a crise do governo não é uma construção da oposição ou de uma narrativa midiática. Segundo ele, os números falam por si, e a insatisfação popular é uma consequência direta das decisões do próprio governo.
“Aí, não tem amigo, não tem companheiro, seja no IBGE, seja no STF, que consiga dar aquele jeitinho. Não adianta manipular a estatística, não adianta censurar a rede social, não adianta fingir golpe nem perseguir a oposição política.”
“Quando a coisa dói no bolso e insulta demais a inteligência do eleitorado, a resposta nas urnas é inescapável.”
Não tem para onde fugir.
Confira o vídeo:
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