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terça-feira, 12 de março de 2024

Ministro diz que Petrobras pode pagar dividendos extraordinários, mas ressalta: ‘Investidor sabe que o governo é o controlador’

Terça, 12 de março de 2024

Imagem: reprodução/CNN Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na noite desta segunda-feira (11) que a Petrobras pode pagar os dividendos extraordinários que não foram pagos após a divulgação dos resultados financeiros da empresa. Ele ressaltou, no entanto, que investidores da Petrobras “sabem que o governo é o controlador” da estatal e que a decisão passa pelo Executivo.

Silveira deu a declaração ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os ministros foram questionados sobre a crise causada na empresa após o Conselho de Administração da Petrobras decidir não pagar dividendos extraordinários para acionistas.

Haddad também sinalizou que os dividendos extraordinários ainda podem ser pagos.

Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor atratividade (rentabilidade) da estatal. Os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente.

Após a decisão da Petrobras, na semana passada, de não pagar os dividendos extraordinários, o valor de mercado da estatal registrou um tombo de R$ 55 bilhões.

Questionado se a Petrobras pode mudar de ideia sobre o pagamento, Silveira afirmou que a “questão é dinâmica”. Ele afirmou que o dinheiro foi para uma “conta de contingência”, que é uma espécie de reserva. A verba não pode ser usada para investimentos.

“É natural que essa questão da distribuição de dividendos (…) É uma questão muito dinâmica (…) O governo do presidente Lula tem trabalhado com muito cuidado no respeito à governança da Petrobras. Todos os investidores, eu sempre destaquei isso, sabem quando compram ações da Petrobras, sabem que o governo é controlador, o governo tem a maioria do conselho”, afirmou Silveira.

Em outra entrevista, logo em seguida, Silveira disse que rever a decisão “é sempre uma possibilidade”.

“É sempre uma possibilidade. A decisão foi correta, não vamos chamar de revisão. O Conselho pode decidir que esse dinheiro que está na reserva pode ser distribuído”, explicou.

A polêmica dos dividendos diz respeito ao governo porque a União é a maior acionista da Petrobras. O mercado teme uma interferência política que possa prejudicar o desempenho da empresa.

Lula e a Petrobras

Em entrevista ao SBT, questionado sobre a polêmica dos dividendos, o presidente Lula afirmou que a Petrobras deve satisfação não só aos acionistas, mas também à população brasileira.

“A Petrobras tem que pensar no investimento, pensar em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa” afirmou o presidente.

“Nós tivemos uma conversa séria aqui no governo com a direção da Petrobras, pq a gente acha que é importante pensar na Petrobras, é preciso a gente pensar nos acionistas, mas é preciso a gente pensar no povo brasileiro”, completou o presidente.

g1

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