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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Loja é acusada de racismo após colocar manequim preto para ‘quebrar’ vitrine

Quarta, 16 de Fevereiro de 2022

Foto: Twitter/Reprodução

A montagem de uma vitrine de promoção está causando consternação nos clientes do Shopping Barra, em Salvador. A loja Reserva, localizada no centro comercial, resolveu colocar um manequim preto com a perna encaixada em uma vidraça, como se estivesse prestes a estilhaçá-la.

Em um país onde a população negra está mais exposta à violência urbana — a taxa de homicídios entre negros é 2,6 vezes maior que entre brancos, segundo o Atlas da Violência 2021 — a campanha gerou revolta. “Isso é racismo escancarado, nem sei como reagir”, escreveu a influenciadora Ashley Malia ao comentar o caso no Twitter na terça-feira (15/2).

Ela continuou o texto pedindo que postura como essa sejam passíveis de punição. “Empresas e pessoas precisam ser responsabilizadas por práticas racistas. É inconcebível a população negra continuar sendo violentada dessa forma. Isso continua acontecendo porque o Brasil não tem compromisso com a pauta racial e não trata isso como uma questão importante”, argumentou.

Denúncia

A denúncia foi feita na segunda-feira (14) por uma cliente do shopping ao jornal Correio 24h. A administradora Rafaela Santos disse ao portal que achou a montagem de muito mal gosto e ofensiva e que foi à administração do shopping registrar queixa do ocorrido. “Não sei qual a mensagem que quiseram passar, mas ficou ofensivo. Já é raro ver esses manequins de cor preta e quando vemos é associando a vandalismo? Eu fiquei muito chateada”, disse.

Ela lembrou os fatos recentes de racismo no país, como o de Durval Teófilo Filho, assassinado por um vizinho enquanto abria a mochila para pegar as chaves da própria casa. Para a administradora, esse tipo de campanha só reforça o risco para a população negra.

Essa não é a primeira vez que uma loja de grife é acusada de racismo em shoppings da cidade. Há pouco mais de um mês, a loja Zara do Shopping da Bahia também esteve envolvida em um caso similar. Na ocasião, funcionários da loja e do shopping revistaram e constrangeram um cliente que tinha acabado de comprar uma mochila, mesmo depois que ele apresentou nota fiscal.

Resposta

O Correio procurou o Shopping Barra e a loja Reserva para pedir informações sobre o caso, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestações das empresas.

Correio Braziliense

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. É isso que inferniza a vida de quem mora num país assolado por Comunistas, Petralhas e pessoas sem nenhum caráter!!! Hipocrisia pura e simples! Coloquem um manequim branco! Mas Preto, não! Agora essa turma afetada quer aparecer em todo tipo de propaganda! Até de Leite Moça!!! Vão estudar!!!!!

  2. E se a intenção for mostrar que o rapaz correu para aproveitar a “LIQUIDAÇÃO LOUCURAS”. Como está na escrito na vitrine.

  3. SABEMOS QUE SÃO RAROS OS MANEQUINS NEGROS, CONFESSO QUE NUNCA VI, DAI QUANDO VEMOS UM SENDO EXPOSTO DESSA MANEIRA RELACIONANDO SUA IMAGEM A UM ATO DE VIOLENCIA ACHO QUE HÁ SIM UM CERTO RACISMO, UMA VEZ QUE POR SEREM RAROS OS MANEQUINS PRETOS,

  4. É muito vitimismo,se a loja não tivesse manequim negro era racismo, se tem e expõe, é racismo. Tá bom já não é, já deu!!!!

    1. dizia sim, iriam dizer que são racistas pq não tem manequim negro. Com militante de esquerda não tem pra onde correr, vão lacrar de qualquer jeito.

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