Quinta, 25 de Novembro de 2021
Em sua primeira visita à Câmara, após vários meses de prisão arbitrária, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi abordado pelo colega de parlamento, deputado Bibo Nunes (PSL-RS), enquanto transitava pelo salão verde.
Imediatamente, Bibo ligou seu aparelho celular para uma conversa gravada. O papo, entretanto, teve que ser abortado, por causa da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibindo Silveira de dar entrevistas.
- Podemos conversar Daniel?, perguntou Nunes
- Não dá pra falar, estou censurado, sou um deputado censurado, respondeu Silveira..
Indignado, Bibo então citou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), na qual pretende aumentar o número de ministros para 15 (atualmente são 11) e que impõe um prazo máximo de 60 dias para que os indicados do presidente assumam as cadeiras, independentemente da sabatina no Senado Federal, além de permitir uma maior fiscalização do Congresso Nacional sobre os atos e decisões do STF.
O deputado, que lamentou a conivência dos demais deputados ao permitirem a prisão, falou com a esposa de Daniel Silveira, a advogada Paola Daniel.
“O que o Daniel fez foi respaldado pela Constituição, mas o direito dele não foi respeitado. Um absurdo, uma sensação de impotência absurda”, disse Paola.
Bibo Nunes encerra citando o artigo 53 da Constituição Federal:
“É um absurdo impedir um deputado federal de se manifestar, ele tem imunidade parlamentar”.
Veja o vídeo:
O Jornal da Cidade Online
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