Quarta, 09 de Dezembro de 2020
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra 18 pessoas, dentre elas, padre Robson de Oliveira Pereira, por organização criminosa destinada a obtenção de vantagem. A denúncia é resultado de investigações realizadas na Operação Vendilhões, deflagrada em agosto deste ano.
Segundo o MP, padre Robson seria o comandante de uma “organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais em benefício próprio, desviando recursos recolhidos em nome das associações de caráter religioso e com a finalidade declarada de construção de uma basílica e de realização de atos de caridade”.
Durante a investigação, os promotores apuraram que o padre desviava dinheiro de uma associação e repassava a terceiros.
O religioso, que era presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, teria desviado cerca de R$ 120 milhões de doações de fiéis.
Operação Vendilhões
As investigações do Ministério Público de Goiás acerca do envolvimento do padre Robson de Oliveira Pereira no desvio de R$ 120 milhões culminaram com a Operação Vendilhões, realizada em 21 de setembro. No dia seguinte, o religioso se afastou da presidência da Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro (Afipe), ligada à Basílica do Divino pai Eterno, de Trindade.
O valor teria sido usado, segundo o MP, para aquisição de imóveis, entre os quais uma fazenda de R$ 6 milhões na cidade goiana de Abadiânia, e de uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba (BA).
A investigação teve início em 2018, quando padre Robson foi vítima de extorsão e teria pago cerca de R$ 2 milhões para não ter vídeos expostos na internet.
UOL
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