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sábado, 28 de setembro de 2019

Comunicação entre faccionados presos e traficantes é via família e advogados, reforça secretário

Sábado, 28 de Setembro de 2019

André Costa estima que ainda nesta sexta-feira, 27, o número de presos suspeitos de participação nos ataques deve ultrapassar os 100.


O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, reforçou o discurso do Ministério Público do Estado (MPCE) sobre a mediação da ordem dos ataques no Ceará, registrados desde a última sexta-feira, 20. Conforme o titular da pasta, a comunicação tem partido dos presídios, mas nem sempre via telefones celulares.

Em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, 27, no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Costa afirmou: "Eles (presos) não ficam incomunicáveis dentro dos presídios. Essa comunicação vem acontecendo através de advogados, familiares".

Ele destaca que advogados que agem para facilitar a comunicação entre faccionados são "minoria da classe". Nessa terça-feira, 24, um advogado foi preso em flagrante ao tentar entrar com bilhetes na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves da Silva (CPPL IV).

Nesta manhã, pelo menos 15 pessoas foram capturadas suspeitas de integrar facção responsável por ataques no Ceará, incluindo cinco adolescentes apreendidos. Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão. Os dez presos foram levados à DHPP e os cinco adolescentes apreendidos para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). 

Além de executores de homicídios e ataques, Costa revelou que um dos presos nesta manhã exerce posição de gerência. "Tivemos um caso no bairro Papicu de um indivíduo que chefiava o tráfico ali. Uma região que a gente sabe que foi de onde partiram as primeiras ações criminosas nessa atual onda", afirma. "Era uma pessoa com padrão de vida melhor. Recebia ordens de alguém no presídio e a partir dali organiza quem ele conseguia arregimentar nas ruas".

"Mas o fim de todos eles tá sendo cadeia", continua o secretário. "Com controle, com rigor. Sem visita íntima, sem acesso a telefone celular, sem acesso TV, sem tomada em cela. O Estado dá o que é de direito: curso profissionalizante, oportunidade de aprender um ofício".

Até ontem, 26, 80 pessoas haviam sido presas. Chega a 95 o número de capturas contando com a ação policial desta manhã. André Costa estima que ainda nesta sexta esse número deve passar de 100. Além disso, o sistema prisional realizou 507 transferências de detentos.


(O Povo)

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