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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A mais simples conta da previdência que ninguém ainda fez

Sexta, 11 de Janeiro de 2019


João recebe R$ 1.000 por mês. Esse é o seu salário bruto.

Desse valor, João paga 8% para o INSS. Isso dá R$ 80.

Seu patrão paga 20% desse valor também para o INSS. Isso dá R$ 200.

Por mês, portanto, João e seu patrão repassam R$ 280 ao INSS.

De acordo com a reforma da Previdência apresentada pelo então governo Temer, João teria de trabalhar por 49 anos para conseguir se aposentar com seu salário integral. Ou seja, João e seu patrão teriam de pagar, mensalmente, R$ 280 ao INSS durante 49 anos para que, no ano de 2066, João se aposente e receba uma aposentadoria mensal de... R$ 1.000.

(Para facilitar o exemplo, estamos considerando inflação zero pelos próximos 49 anos. Isso significa que, em 2068, R$ 1.000 terão o mesmo poder de compra que têm hoje. Essa forma de raciocinar tem a vantagem de pensarmos tudo em valores de hoje para qualquer época futura, o que mantém o raciocínio mais claro.)

Agora, qual seria a situação de João caso ele investisse esses R$ 280 em aplicações de alto rendimento corrigidas pela inflação?


Se João fizesse isso, daqui a 49 anos ele teria à sua disposição uma quantia cujo poder de compra equivale a nada menos que *R$ 1,038 milhão* em valores de hoje.

Mas agora vem o principal: esse R$ 1,038 milhão (em valores de hoje) que João terá daqui a 49 anos, caso continuem aplicados, renderão a ele nada menos que R$ 5.086 por mês (em valores de hoje).

Apenas compare e se espante:

No primeiro cenário, tudo o que restou a João é receber R$ 1.000 por mês (em valores de hoje). E só. Ele não tem mais nada. Toda a dinheirama que ele deu ao INSS (um total de R$ 178.360 durante 49 anos) se perdeu. Ele não tem acesso a ele. Tudo o que lhe restou, repetindo, é receber R$ 1.000 por mês.

Já no segundo cenário, João não apenas estará em posse de R$ 1,038 milhão (em valores de hoje), como ainda estará ganhando mais R$ 5.086 por mês (em valores de hoje) só com os juros incidentes sobre esse R$ 1,038 milhão!

Eis, portanto, as alternativas de João: patrimônio nenhum acumulado e apenas R$ 1 mil por mês para sobreviver; ou patrimônio de R$ 1,038 milhão acumulado mais uma renda mensal de R$ 5.086 por mês.

Isso, e apenas isso, já deveria bastar para acabar com qualquer debate sobre a Previdência.

Mas não basta...

Nesse sentido, considerando o exposto acima, o Instituto Mises Brasil tem uma sugestão para uma reforma definitiva da Previdência. Uma reforma que liberta os jovens de seu jugo sem prejudicar aqueles que já estão dentro dela.

Leia na íntegra clicando neste link: Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência


Fonte: Jornal da Cidade Online

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Contato : (84) 9 9151-0643

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