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sábado, 7 de junho de 2014

Jovem baleado por engano durante operação policial diz que o sonho acabou


Fotos: Sérgio Costa / Portal BO


O estudante Henrique Maurício de Souza Lira, de 20 anos, ainda se recupera dos ferimentos provocados por tiros disparados da arma de uma policial civil durante uma operação no bairro Potengi, na zona Norte de Natal. O jovem foi alvejado nos braços, pescoço, ombro e perdeu um dos dedos da mão esquerda. A ação policial aconteceu no dia 3 de Maio e tinha como finalidade prender um homem acusado de assassinar um professor na cidade de São Gonçalo do Amarante. 

O suspeito identificado como Danilo 
de Lima Oliveira, de 18 anos, foi preso na ocasião.
Ainda reclamando de dores e bastante abatido, Henrique, que trabalhava como ASG em um colégio particular no centro da cidade, recebeu a reportagem do Portal BO em casa e relembrou os momentos vividos naquela madrugada. O rapaz, que usa uma bota ortopédica e tentar recuperar o movimento do braço direito, relatou que no dia do ocorrido saiu de casa após ouvir barulhos estranhos e foi verificar o que estava acontecendo.“O meu cachorro latia muito e pensei logo que tinha alguém rodeando a casa. Eu levantei, fui até a porta e me deparei logo com uma mulher armada que atirou sem dizer uma palavra, atirou muitas vezes. Já no chão eu pedi socorro a minha mãe e me despedi dela por que pensei que ia morrer naquele momento”, disse.

Depois de ser baleado cinco vezes por engano, o jovem foi socorrido pelos próprios policiais para o hospital do conjunto Santa Catarina, onde foi medicado. Na mesma manhã, a equipe envolvida na operação Pitágoras concedeu uma entrevista coletiva à imprensa onde apresentou o resultado final dos trabalhos, mas nada sobre o incidente foi comentado.

Mais tarde, a Dehom divulgou uma nota explicando que Henrique só foi baleado por que reagiu a ordem policial e direcionava as mãos de forma que sugeria segurar uma arma. Após 30 dias do ocorrido, a Corregedoria apura a responsabilidade da ação policial e já está ouvindo pessoas envolvidas no caso.

Henrique Maurício relatou que estava se preparando para ingressar corpo de Fuzileiros Navais, mas, agora, diante das suas condições físicas, debilitadas em virtude dos tiros sofridos, não poderá realizar seu desejo. “Infelizmente, meu sonho acabou”, lamentou o jovem.


Fonte: Guardião da chapada

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