Terça, 18 de março de 2024
Uma idosa de 81 anos descobriu que carregava um feto calcificado ao ser encaminhada para o Hospital Regional de Ponta Porã, na região sul de Mato Grosso do Sul, com dores abdominais, de acordo com as informações do secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi.
A equipe médica suspeita que a mulher estivesse com o “bebê de pedra” no abdômen havia 56 anos, desde quando teve a última gestação, uma condição considerada raríssima por especialistas. A idosa, que era indígena e morava em um assentamento no município de Areal Moreira, morreu logo após a cirurgia para retirada do feto.
A paciente deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã com um quadro de infecção grave em 14 de março. No mesmo dia, uma tomografia constatou o feto calcificado na região do abdômen dela. (Veja o vídeo mais acima).
Ao descobrir a existência do feto no corpo da idosa, a equipe de obstetrícia da instituição foi acionada e realizou a cirurgia para retirá-lo. Após o procedimento, a paciente foi encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas morreu no dia seguinte.
O motivo da morte foi um quadro grave de infecção generalizada, que ocorreu a partir de uma infecção urinária, segundo o secretário Patrick Dezir.
Após a idosa dar entrada no HR de Ponta Porã, em 14 de março, uma tomografia 3D foi solicitada para precisar o diagnóstico. O exame que identificou o feto calcificado no abdômen da mulher, de acordo com as informações da secretaria de Saúde de Ponta Porã.
“A litopedia é um tipo raro de gravidez ectópica [tipo de gravidez quando o óvulo fertilizado se desenvolve fora do útero], e ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica. O ‘bebê de pedra’ é resultante e pode não ser detectado por décadas, e pode causar complicações futuras”, comentou o secretário.
G1/MS
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