Sábado, 15 de Julho de 2023
A cena protagonizada pelo senador Rogério Marinho (PL/RN) ocorreu durante audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado e levou outros parlamentares às lágrimas.
"Não é fácil ouvir o que a gente ouve aqui";
Explicou, dirigindo-se a membros de uma associação que representa presos políticos, após ouvir alguns depoimentos de parentes de pessoas encarceradas à revelia do devido processo legal.
E prosseguiu, em uma fala dura sobre as responsabilidades de cada um:
“Acho que a palavra de ordem é relativização. Nós estamos relativizando a democracia, a inviabilidade dos mandatos, a Constituição, os direitos humanos, o ordenamento jurídico e os valores. Há uma politica de cancelamento das pessoa que ousam desafiar o sistema”
Marinho criticou ainda a falta de critérios para as prisões, apontando perseguições e tratamento dos presos ‘como gados’, sem diferenciação entre os que praticaram atos de vandalismo e os que se manifestavam pacificamente ou que sequer estiveram nos atos, mas seguem encarcerados.
O parlamentar encerrou com uma dura crítica à fala do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, que em um ato da União Nacional dos Estudantes (UNE) disse que havia ‘enfrentado e derrotado a ditadura e o bolsonarismo’
“Mas pior não foi a fala, foi a nota emitida para justificar a fala. Que diz que a condição individual ou pessoal não pode ser confundida com a institucional. Ora, quem guarda a Constituição brasileira, atenta contra ela no sentido de que a magistratura não pode ter ação político-partidária, é necessário que haja uma retratação do senhor ministro do STF. E a OAB não pode ficar impávida”
No momento em que chorava, Marinho foi consolado pelo próprio pai, o ex-senador Valério Djalma Cavalcanti Marinho.
Um desabafo contra a ‘ditadura’ que estende seus tentáculos sobre o país
Confira o vídeo:
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