Sexta, 05 de Maio de 2023
A CNN Brasil acaba de anunciar que teve acesso à áudios trocados entre Ailton Barros, ex-major do Exército, advogado e aliado do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como Coronel Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) - preso preventivamente em operação da Polícia Federal por supostamente fraudar dados de vacinação contra Covid-19.
Ambos teriam discutido, em dezembro de 2022, um "golpe de Estado".
A CNN Brasil - que teve acesso à transcrição de três áudios, que estão em posse da PF -, diz:
"Nos arquivos, Ailton descreve o 'conceito da operação'. No plano, deveria haver participação do então comandante do Exército, Freire Gomes, ou de Jair Bolsonaro, então presidente da República.
Também foi idealizada a prisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)."
O ex-major Ailton, no dia 15 de dezembro, diz na transcrição dos áudios:
“É o seguinte, entre hoje e amanhã, sexta-feira, tem que continuar pressionando o Freire Gomes [então comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer”.
“Até amanhã à tarde, ele aderindo… bem, ele faça um pronunciamento, então, se posicionando dessa maneira, para defesa do povo brasileiro. E, se ele não aderir, quem tem que fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa. Que você viu, né? Eu não preciso falar. Está abalada em todo o Brasil”, complementa.
Ele ressalta a necessidade de Gomes ou Bolsonaro realizarem o pronunciamento comentado no áudio, destacando “de preferência, o Freire Gomes. Aí, vai ser tudo dentro das quatro linhas”.
O ex-militar pontua que seria necessário ter, até o dia seguinte, 16 de dezembro, pela tarde, “todos os atos, todos os decretos da ordem de operações” prontos.
“Pô [sic], não é difícil. O outro lado tem a caneta, nós temos a caneta e a força. Braço forte, mão amiga. Qual é o problema, entendeu? Quem está jogando fora das quatro linhas? Somos nós? Não somos nós. Então nós vamos ficar dentro das quatro linhas a tal ponto ou linha? Mas agora nós estamos o quê? Fadados a nem mais lançar. Vamos dar de passagem perdida?”, indaga.
Ailton continua descrevendo o plano, afirmando que “se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”.
“Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas, tem que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele”, adiciona.
De acordo com o que diz o Ailton a Cid no áudio, a ideia é que na segunda-feira, 19 de dezembro, fossem lidas as portarias, decretos de garantia da Lei e da Ordem e “botar [sic] as Forças Armadas, cujo Comandante Supremo é o presidente da República, pra agir”.
Não foi possível saber o que Mauro Cid respondeu ao ex-militar.
Diante de tanta perseguição e com o avanço do "sistema", a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro é perigosa e não se sabe ao certo o que pode acontecer nas próximas horas...
Dura realidade!
Confira:
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