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terça-feira, 5 de julho de 2022

A desinibida militância da escritora Martha Medeiros no jornal (2)

Terça, 05 de Julho de 2022


No livro "Assassinato de reputações - um crime de Estado", o experiente delegado Romeu Tuma Junior, com farta documentação, revela que o PT, ao assumir o governo, criou um verdadeiro Estado policial para perseguir adversários e proteger aliados. São 557 páginas de tirar o fôlego!

Tuma Junior foi secretário nacional de justiça de 2007 a 2010 – governo Lula. E denuncia que, enquanto esteve no cargo, foi pressionado a divulgar dossiês anônimos e caluniosos contra políticos de oposição, e a não investigar casos que comprometessem petistas e afins.

Relata, por exemplo, que recebeu solicitação de membros do governo (Lula!) para divulgar dossiês contra os tucanos Marconi Perillo (então governador de Goiás, que irritou um vingativo Lula ao advertir sobre a existência do mensalão) e contra Tasso Jereissati, senador cearense.

Foi Tarso Genro, ministro da Justiça de Lula, quem relativizou tudo: "Não existe no Código Penal um crime chamado dossiê. Dossiê é um conjunto de dados que pode ser feito pela oposição, pelo governo e inclusive pela imprensa": um sofisma (está no capítulo 7 do livro).

Com tão elegante justificativa para um crime, o governo petista usava órgãos de Estado para invadir a privacidade dos "inimigos", falsificar provas, chantagear e, muitas vezes, "assassinar reputações". Era o começo de um regime totalitário em que partido, governo e Estado não se diferenciam e é decretada a morte do Estado de direito.

O caso mais assustador é o da PF (Polícia Federal), levada pelo governo petista a desempenhar funções iguais à da Gestapo, a temível polícia secreta do regime nazista chefiado por Adolf Hitler, isto é, investigar e perseguir pessoas e grupos fichados como inimigos do regime.

A PF grampeou até o secretário nacional de Justiça (Tuma Junior!), tudo porque ele investigou petistas como José Dirceu e Luiz Eduardo Greenhalgh, além de dar uma espiada no assassinato de Celso Daniel.

Porém, a ilegalidade mais desconcertante da PF foi ter, a interesse do governo Lula, grampeado todos (todos!) os ministros do STF. Diz Tuma Junior: "O grampo foi feito com uma maleta francesa, empregada para rastrear celulares em presídios. O que ninguém sabe é que essa maleta também derruba os sinais das operadoras, e toma o lugar delas" (cap. 9).

Tuma Junior mostra que o crime está no DNA do PT, praticado por sua gente antes mesmo da fundação do partido. É ilustrativo saber (pasmem!) que Lula era o melhor informante da polícia nos anos 1970, dedurando sindicalistas: "Lula combinava as greves com empresários e avisava o Dops. Muitas das greves que ele armava com os empresários eram para aumentar o valor de venda dos veículos, para lastrear moralmente a ideia de que 'vamos repassar aos preços dos carros o aumento de salário obtido pela categoria que Lula comanda'", diz ele (cap. 4, com fotos).

Ora, petistas atacarem judicialmente quem os critica é uma rotina. Porque não processaram Tuma Junior? É que as acusações estão documentadas!

Essa é uma ínfima parte do que testemunhou Tuma Junior: um governo autoritário e corrupto tentando implantar um regime totalitário. Como pode alguém vir dizer que o PT "não coloca a democracia em risco"?

Martha está certa, porém, quando diz que, entre Lula/PT e Bolsonaro há "uma escolha fácil": é que, votar no PT é votar num projeto de ditadura.

Quem é honesto e esclarecido vota contra o PT; se não vai com a cara do Bolsonaro, vota nele porque é menos pior. E não apoia ditadura!

Foto de Renato Sant'Ana

Renato Sant'Ana

Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br

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