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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Em delação premiada, doleiro Dario Messer acusou procurador da Lava Jato de ter recebido propinas

Sexta, 14 de Agosto de 2020

Foto: reprodução

O doleiro Dario Messer acusou em sua delação premiada o subprocurador da República Januário Paludo, ex-integrante da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, de ter recebido propinas sua para lhe proteger das investigações no Paraná.

Em um dos anexos da delação entregue ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, ele diz que os pagamentos eram feitos ao advogado Antônio Augusto de Figueiredo Basto, um dos principais criminalistas do Paraná e que fez diversos acordos de colaboração com o então juiz Sergio Moro. O valor dos pagamento eram de cerca de 50 mil dólares por mês.

Por se tratar de um subprocurador da República, o MPF do Rio afirmou não ter competência para tratar do assunto e encaminhou o anexo a Procuradoria-Geral da República em Brasília, que arquivou a investigação.

No anexo da delação, inclusive, Messer menciona as conversas que foram obtidas pela Polícia Federal em que ele conversa com sua então namorada e atual mulher, Myra, sobre as investigações contra ele. A certa altura, escreve a ela que “Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês.”

Procurada, a PGR disse que “não comenta assuntos relacionados a acordos de colaboração”. Figueiredo Basto disse: “Eu desafio ele (Dario Messer) a provar essa acusação. Coloco meus sigilos telefônicos e bancários à disposição da Justiça. Nunca recebi nenhum centavo dessa pessoa”.

Procurado por volta das 14h30, Paludo respondeu o seguinte: “A Procuradoria Geral da República e a Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal já se pronunciaram pelo arquivamento de representação por ser ela absolutamente infundada.  A leitura da mensagem de Messer leva a crer que nem ele sabia a quem estava se referindo e que a conversa estava inserida em um contexto de obtenção de vantagens entre doleiros em detrimento do próprio grupo que faziam parte. Da minha parte, não recebi vantagem alguma e refuto qualquer insinuação nesse sentido.”

CNN Brasil

 

OPINIÃO DOS LEITORES:
  1. Manoel C.

    Duvido abrirem o sigilo do inefável Procurador.

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