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sábado, 3 de agosto de 2019

Só 38% dos bebês no país são alimentados apenas pelo leite materno até os 6 meses

Domingo, 04 de Agosto de 2019 

Foto: Divulgação

Um estudo publicado em 2016 pela revista The Lancet, com levantamentos feitos em 75 países de baixa e média renda, apontou que 823 mil mortes de crianças e de 20 mil mães poderiam ser evitadas por meio da amamentação. 

Hoje no Brasil, entretanto, apenas 38% dos bebês são alimentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses de vida, e só 32% continuam amamentando até os 24 meses. “Em 2012, na Assembleia Mundial da Saúde foi pactuado o que a gente chama de metas globais para nutrição até 2025, umas delas é um aleitamento materno até os seis meses de 50% das crianças. Então, a gente espera que os países membros atinjam essa meta de crianças amamentadas até os seis meses”, explica Alice Medeiros, consultora nacional de Alimentação e Nutrição da Organização Pan-Americana da Saúde.

Para incentivar e informar os profissionais de saúde, pais e famílias sobre a melhor forma de apoiar o aleitamento materno, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disponibilizam uma orientação atualizada com dez passos, neste sentido. A plataforma dispõe ainda informações voltadas para mulheres que vão amamentar pela primeira vez. “Tem os dez passos que foram reatualizados no começo de 2018, que são orientações para que os serviços de saúde saibam lidar e tratar, e que tenham normas específicas de como orientar, proteger e promover esse aleitamento materno, que vai desde orientar os pais quanto ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, até orientar os profissionais de como lidar com essa família”, situa Alice Medeiros.

Recurso natural nutritivo e econômico, o leite materno é uma das formas mais eficazes para reduzir a mortalidade infantil. “O aleitamento tem várias evidências científicas que demonstram a sua eficácia para combater várias doenças prevalentes na infância. Amamentar evita a mortalidade infantil, além de tudo evita questões que são recorrentes e que podem levar a mortalidade, como a diarreia e infecções respiratórias. Ela tem um impacto muito positivo na redução de alergias, isso tudo no contexto da criança”, avalia Janine Ginani, coordenadora da Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

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