Sábado, 10 de Outubro de 2015
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Investigadores suíços encontraram a assinatura do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em documentos bancários e de empresas atribuídas a ele. A documentação é parte do material enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria Geral da República e é considerada fundamental nas investigações sobre o possível envolvimento de Cunha no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras. De acordo com o G1, documentos já enviados ao Brasil confirmam que o parlamentar tem 2,4 milhões de francos suíços (cerca de R$ 9,3 milhões) no banco Julius Baer, na Suíça e de que ele foi comunicado pelo Ministério Público suíço sobre o bloqueio de suas contas. A revelação das assinaturas se soma a outros indícios que já associavam o parlamentar às contas, tais como endereço e data de aniversário. Cunha vem dizendo, por meio de notas oficiais, que reitera o depoimento à CPI da Petrobras em 12 de março deste ano: não tem contas no exterior. Em entrevistas, ele vem afirmando que não tem conhecimento quanto às contas ou às investigações em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Suíça. A Procuradoria-Geral da República estuda se faz um aditamento da denúncia já oferecida ou se oferece uma nova denúncia ou se pede um novo inquérito. Não há previsão para essa análise. Na Câmara, o PSOL anunciou que vai protocolar representação no Conselho de Ética para apurar suposta quebra de decoro parlamentar do presidente da Casa. O ato é o primeiro passo para a abertura de um processo de cassação de mandato.
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