martins em pauta

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O escândalo do mensalão estancou à porta do Palácio do Planalto. E se o da Petrobras forçar a entrada?

Sexta,21 de novembro de 2014


Eis a questão: o que fazer com as empreiteiras que comprovadamente corromperam ou se deixaram corromper em negócios com a Petrobras?

Bastará multá-las? Ou multá-las, obrigando-as também a devolver o dinheiro público desviado?

Ou seria o caso de, além disso, declará-las inidôneas?

Quer dizer: elas não poderiam mais fazer negócios com os governos e suas empresas durante certo tempo.

Ou não: as empresas seriam deixadas em paz. Seus donos e executivos atuais é que seriam proibidos de negociar para sempre com os governos. Que tal?

Não daria para puni-las suspendendo a execução de outras obras para o Estado. A não ser que se conclua que também houve corrupção fora do âmbito da Petrobras. O que seria possível, convenhamos.

Tais indagações fornecem uma pálida ideia do tamanho da confusão que a Justiça e o governo terão pela frente.

A confusão será tanto maior quanto for a indignação crescente do distinto público com roubalheiras.

E, passada a etapa atual que culminou com o arrastão de donos e executivos de empreiteiras detidos pela Polícia Federal...

E quando o Congresso se achar diante da tarefa de cassar dezenas de deputados e senadores?

O corporativismo dos políticos acabará vencendo?

O país será sacudido por novas manifestações de ruas pedindo cadeia para os culpados?

Por último: a investigação do escândalo do mensalão estancou à porta do Palácio do Planalto. Dali não passou por falta de interesse da Justiça e da oposição ao governo.

Novamente assistiremos ao mesmo filme?

Corrupção custa caro (Imagem: Arquivo Google)


Fonte: Ricardo Noblat

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