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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cardiologista explica como acontece o infarto de miocárdo e os cuidados que devem ser tomados. Confira:

Quarta, 19 de novembro de 2014

Dr. Marcos Cerqueira, cardiologista dos Hospitais INCAR e HRSAJ, foi entrevistado pela rádio Recôncavo FM durante esta sexta-feira (14), pela manhã para falar sobre uma doença que acontece inesperadamente e rapidamente, afligindo muitas pessoas: "O infarto do miocárdio". O médico explica que a patologia é causadora de grande parte das mortalidades existentes no Brasil e no Mundo. “Cerca de 30% a 35% da população mundial vai falecer por causa de doenças cardiovasculares, dentre elas o infarto, o qual se caracteriza pela obstrução das artérias coronárias, responsáveis por levar nutrientes e oxigênio para as células do coração. Ao longo de nossa vida, as artérias vão ficando repletas de placas de gordura, as quais em algum momento podem ocluir a luz das artérias, impedindo o fluxo sanguíneo adequado. O coração, com a falta de oxigênio e nutrientes acaba morrendo, fazendo com que ocorra o infarto”, relata. O entrevistado informa que as consequências da doença dependerão do tempo que ocorreu o entupimento e o tamanho da área lesada durante o infarte.

Propensão a riscos - No quesito idade, Cerqueira disse que geralmente a enfermidade ocorre em pessoas de idade mais avançada. “Na quinta ou sexta década de vida (50, 60 nos) se concentra a maioria dos casos de infarto, mas é raro observamos, principalmente nos dias atuais com o surgimento de fatores de risco como hipertensão, diabetes, obesidade, fumo, abuso de álcool, estresse, sedentarismo, pessoas que tem propensão a adquirir a doença precocemente”, declara.

Sintomas e Soluções -Segundo o médico, o infarto se manifesta principalmente através de dor no peito. “Essa dor, por sua vez, dura mais de 20 minutos, tem intensidade progressiva, o paciente sente como se algo tivesse apertando o peito, é desencadeada através de algum esforço intenso ou estresse emocional e é associada a suor frio, palidez, náuseas, tonturas e em alguns casos perda de consciência. O sintoma pode atingir braços, costas, pescoço. Quem tiver sentindo algum desses indícios imediatamente deve procurar setor de atendimento médico mais próximo da residência, porque quanto mais rápido se chega à unidade de saúde, maiores são chances de obter tratamento correto e melhora do fluxo sanguíneo nas áreas comprometidas”, esclarece. O entrevistado expôs que pode se confundir dor torácica com infarto, mas alerta que é importante às pessoas buscarem atendimento médico caso apresentem algo suspeito.

“Na unidade de saúde irá ser feita uma avaliação médica, exames de eletrocardiograma e eles irão comprovar se a dor é decorrente do infarto ou não. Caso seja, será feito uma angioplastia, implantação de prótese metálica através do cateterismo para desobstruir as artérias ou então vai ser administrada medicação chamada de “trombolítica” para dissolver o coágulo. O diagnóstico é feito pelo profissional, portanto é importante e faz diferença se o paciente tomar atitude de procurar um médico. Se tratando do infarto, quanto mais rápido, melhor”, relata. Segundo o cardiologista há fatores de risco que podem ser evitados ou retrocedidos, outros não. “O tabagismo: quem fuma, pare de fumar, Etilismo: parar de beber demais, Obesidade: é preciso emagrecer, Sedentarismo: Tem de fazer pelo menos 150 minutos de atividades físicas ou um gasto calórico de 2.500 cal.

Hipertensão: Tomar a medicação corretamente para manter a pressão arterial em equilíbrio, Diabetes: controlar níveis de glicemia, Colesterol: é controlável também. Mas fatores como sexo, no qual homens têm mais probabilidade de infartar, idade, histórico familiar, anuidade precoce (homens abaixo de 55 anos e mulher abaixo de 65), tornam o paciente mais propenso a doença, pois não podem ser modificados. Ao irem a um consultório médico o profissional vai passar todo um ‘mapa’ de inclinação a níveis de risco, e indicar estratégias de modificação no estilo de vida, a fim de controlar a incidência do infarto”, conclui.


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